27 de junho de 2009

O padrão de conduta é alto demais e a carne é fraca demais, todavia a salvação é grande demais

Em tempos difíceis e sombrios, de generalizada corrupção, o paradigma precisa ser redescoberto, como aconteceu na época da Reforma



Na história do Antigo Testamento, de vez em quando aparecem certos verbos que dão a entender que alguma coisa estava perdida e foi achada. Por ocasião da reforma do templo de Jerusalém, na época de Josias, por exemplo, o sumo sacerdote Hilquias encontrou o livro da Lei (2 Rs 22.8).

Na época de Neemias, “descobriram na Lei que o Senhor tinha ordenado, por meio de Moisés, que os israelitas deveriam morar em tendas durante a festa do sétimo mês” (Ne 8.14). Pouco depois, achou-se também “que nenhum amonita ou moabita jamais poderia ser admitido no povo de Deus” (Ne 13.1). Eram fatos sérios perdidos ou esquecidos em épocas de crises. Daí a necessidade de se redescobrir certas coisas que ainda estão esquecidas ou relegadas a planos inferiores.



A descoberta do paradigma

O modelo de comportamento ordenado por Deus aos cristãos não é outro senão aquele que foi dado aos israelitas na travessia do deserto: “Consagrem-se e sejam santos, porque eu sou santo” (Lv 11.44; 19.2; 20.7).

Jesus apresentou o mesmo padrão de conduta logo no início do sermão do monte: “Sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês” (Mt 5.48).

Paulo bate na mesma tecla: “Deus nos escolheu nele [em Cristo] antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença” (Ef 1.4) e “Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade” (1 Ts 4.7).

Pedro traz à tona o velho argumento de que a santidade de Deus nos obriga a ser santos: “Assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, porque eu sou santo” (1 Pe 1.15-16).

Precisamos ter certeza absoluta de que a mentira, o suborno, a soberba, a profanação do santo nome de Deus, o egoísmo, a injustiça social, e o orgulho ainda são pecado, e de que o casamento ainda deve ser heterossexual e estável.

Em tempos difíceis e sombrios, de generalizada corrupção, o paradigma precisa ser redescoberto. Foi o que aconteceu por ocasião do 18º ano do reinado de Josias (2 Rs 22.8-23.25), bem como em outras ocasiões na história bíblica e na história da igreja (por ocasião da Reforma e em épocas de autênticos reavivamentos).



A descoberta da dificuldade básica

O maior problema do homem não são nem a influência esmagadora da presente ordem deste mundo, vendido ao pecado, nem a atuação satânica. Certamente a sua dificuldade maior, mais antiga, mais entranhável, mais escondida, mais resistente e mais incontida não é outra senão o pecado residente. É Jesus quem chama a atenção para a realidade desse problema: “O que sai do homem é que o torna ‘impuro’. Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos. Os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem ‘impuro’” (Mc 7.20-23). Numa linguagem mais rústica, o que Jesus está afirmando é que nós somos uma lata de lixo. Ele não é o único a pôr o dedo no lugar exato da ferida. Salomão assevera que o coração humano “está cheio de maldade e de loucura durante toda a vida” (Ec 9.3). Tiago ensina que a tentação nunca vem da parte de Deus: “Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido” (Tg 1.14). Nossas dificuldades de relacionamento social, inclusive, vêm das paixões que guerreiam dentro de nós (Tg 4.1).

Na prática, existe uma “guerra civil” que vai perdurar até a volta do Senhor. Paulo explica: “A carne [a bagagem pecaminosa que carregamos] deseja o que é contrário ao Espírito [a presença do próprio Deus em nós]; e o Espírito, o que é contrário à carne” (Gl 5.17). “Estas duas forças dentro de nós”, continua o apóstolo, “estão lutando constantemente uma contra a outra, a fim de ganharem o domínio sobre nós, e os nossos desejos nunca estão livres de suas pressões” (Gl 5.17, BV).

A melhor exposição da dificuldade básica para se alcançar o paradigma da conduta ideal é a da lavra de Paulo. O apóstolo investiga-se acuradamente para encontrar a razão da teimosia, da freqüência, da perseguição e da ousadia do pecado. Então ele descobre o tal pecado residente: “Neste caso [de fazer não o que desejo, mas o que odeio], não sou mais eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim” (Rm 7. 17, 20); “Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim” (Rm 7.21); “No íntimo de meu ser tenho prazer na Lei de Deus [o tal paradigma]; mas vejo outra lei atuando nos membros de meu corpo, guerreando contra a lei de minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros” (Rm 7.22-23).

Não há outra doutrina bíblica e teológica tão universalmente aceita quanto a teologia do pecado residente, tanto na literatura religiosa como na literatura secular. Na literatura secular não se usa a palavra “pecado”. Os que abordam o assunto preferem usar outras expressões sinônimas : “o lado ruim”, “o lado animal”, “o lado crápula”, “o lado diabólico”, “a parte maldita”, “o fantasma interior”, “o impulso negativo”, “o instinto agressivo”, “o lixo emocional”, “o leão adormecido”, “o demônio escondido” e até “o espírito porco”. (Veja O drama do “pecado residente” na versão religiosa e O drama do “pecado residente” na versão secular)



A descoberta do messias

Logo após o seu primeiro encontro com Jesus, André revelou a Pedro: “Achamos o Messias” (Jo 1.41).

Se as descobertas do paradigma e do pecado residente são descobertas iniciais, desconcertantes e opressivas, a descoberta do Messias é simplesmente maravilhosa. O Messias (o Salvador) não é outro senão o Senhor Jesus Cristo, que Paulo chama inteligentemente de “o segundo Adão”, para diferenciá-lo do “primeiro Adão”.

O primeiro Adão foi criado à imagem e semelhança de Deus no paraíso do Éden. Recebeu da parte do criador liberdade e capacidade para mandar e desmandar, mas pôs tudo a perder, tanto a criatura como a criação. Por meio dele, “o pecado entrou no mundo” e “pelo pecado a morte” (Rm 5.12). Pecado e morte, irmãos gêmeos, são as duas maiores desgraças da raça humana, invencíveis e irremovíveis sem a manifestação da graça de Deus.

Já o segundo Adão veio para remover os escombros deixados pela queda e reconstruir o paraíso perdido. Está escrito: “Assim como por meio da desobediência de um só homem [o primeiro Adão] muitos foram feitos pecadores, assim também, por meio de um único homem [o segundo Adão] muitos serão feitos justos” (Rm 5.19).

O primeiro Adão é o único responsável pela grande destruição. E o segundo Adão é o único responsável pela grande reconstrução. O Adão do Éden trouxe o pecado para o mundo. O Adão do Getsêmani é o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29).

Achar o Messias significa enxergar uma porta aberta no drama do pecado e no drama da morte. Significa enxergar nitidamente uma luz no fim do túnel.

Em duas ocasiões diferentes Paulo dá graças a Deus por Jesus Cristo com profundo senso de gratidão e real conhecimento de causa. No primeiro “Graças a Deus!”, ele agradece porque Jesus Cristo é aquele que lhe dá a vitória sobre a força monstruosa do pecado residente (Rm 7.24-25). No segundo “Graças a Deus!”, ele agradece porque Jesus Cristo é aquele que lhe dá a vitória sobre o poder monstruoso da morte física (1 Co 15.57). Se o pecado é a dificuldade básica, a morte é “a angústia básica de todo ser humano”, “a grande neurose das civilizações” e uma das mais teimosas e iniludíveis manifestações da finitude e impotência humana”.

A descoberta do Messias é a maior e mais feliz de todas as descobertas!

fonte: Ultimato
link: http://www.ultimato.com.br/?pg=show_artigos&secMestre=1048&sec=1054&num_edicao=296

A Tentação da IDOLATRIA

No Antigo Testamento um dos maiores esforços dos profetas é para acabar com a idolatria em Israel. Na época de Amós, os israelitas são julgados porque “inclinam-se diante de qualquer altar” (Am 2.8).

Como é possível a um povo de propriedade exclusiva do Senhor, treinado durante mais de mil anos a não adorar outros deuses além do Senhor, calcado nos Dez Mandamentos e várias vezes severamente punido por ter praticado a idolatria — como é possível a esse povo inclinar-se mais uma vez a “qualquer altar”? Esse negócio de “qualquer altar” é vício das nações pagãs, e não de Israel.

A igreja do Novo Testamento, formada de pessoas convertidas no ambiente monoteísta de Israel e no ambiente politeísta de outras nações, estaria livre da tentação da idolatria?

Os apóstolos deixam bem claro que a idolatria era coisa do passado na vida dos crentes. Antes da conversão, os coríntios eram idólatras mas, depois, já não o são (1 Co 6.9-11). Todo mundo sabia que os tessalonicenses, depois de terem aceitado o evangelho, deixaram os ídolos “a fim de servir ao Deus vivo e verdadeiro” (1 Ts 1.9). Pedro lembra aos eleitos de Deus espalhados pela Ásia Menor que no passado eles viviam na “idolatria repugnante” (1 Pe 4.3).

Todavia, o perigo de inclinarem-se a “qualquer altar” continua ontem e hoje. Daí a exortação de Paulo — “Fujam da idolatria” (1 Co 10.14) — e a de João —“Guardem-se dos ídolos” (1 Jo 5.21).

Não se deve pensar que a palavra ídolo se refere exclusivamente às tais imagens que nem sequer falam, embora o artífice tenha moldado a boca, e nem sequer andam, embora o mesmo artífice tenha colocado as duas pernas no lugar certo (Sl 115.4-7).

É por isso que a palavra “Guardem-se dos ídolos” é traduzida para “Cuidado com os falsos deuses” (NTLH) e para “Afastem-se de qualquer coisa que possa tomar o lugar de Deus no coração de vocês” (BV). Segundo a nota de rodapé da Bíblia Pastoral, para o apóstolo, “ídolos são pessoas, coisas, estruturas e projetos que produzem escravidão e morte e se apresentam como absolutos, pretendendo substituir o projeto de vida e liberdade que Deus realizou em Jesus Cristo”.

O horror a “qualquer altar” deve ser mantido com muito cuidado, pois sobre ele não estão os repugnantes ídolos do passado, mas os atraentes ídolos do presente.

A sociedade de consumo está cheia de altares. O verdadeiro adorador não pode desalojar o verdadeiro Deus de sua verdadeira glória nem se inclinar a “qualquer altar”, sejam os altares da riqueza, da glória própria ou das paixões incontroláveis. Ele é adorador de altar único, pois só ao Senhor se deve prestar culto (Mt 4.10)!

fonte: Ultimato
link:http://www.ultimato.com.br/?pg=show_artigos&artigo=813&secMestre=874&sec=883&num_edicao=291

Infantilização do LEGALISMO

Postado por Gutierres Siqueira

Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne. (Cl 2. 20-23)

Você acredita que tem gente sendo disciplinada (lê-se: Retirada da comunhão da igreja, além de “privação” do céu) porque simplesmente resolveu pintar uma unha ou cortar as pontas do cabelo? Você acredita que alguns pregadores fanáticos pregam que é um grave pecado assistir qualquer programa jornalístico? Você acredita que alguns condenam o uso inclusive de uma gravata vermelha? Sim, essa é a realidade de milhares de evangélicos todos os dias nesse país.

Esses líderes pensam e agem como se suas ovelhas fossem crianças medievais, das quais não viviam senão debaixo de inúmeras regras. Os legalistas produzem a infantilização do seu rebanho. Quando uma regra não é acompanhada de pesada vigilância da liderança, logo acontece a transgressão dessas normas. Por que isso acontece? Porque os princípios bíblicos não estão enraizados no coração, mas sim no raso pires do legalismo, na superficialidade de exterioridade.

Quando uma liderança acredita que seus subordinados são crianças necessitadas de regras, não demora muito para que os abusos de autoritarismo surjam. Toda igreja legalista tem líderes autoritários. Isso é uma regra, com poucas exceções. A “piedade pervertida” manifesta suas garras e seus choques de uma liderança distante do modelo “líder-servo”, exposto por Jesus Cristo, pois “qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva” (Mc 10.43).

Portanto, os “tabus comunais” onde as denominações criam milhares de regras acima das Escrituras, baseadas em suas tradições e pensamentos humanos, surgem então uma igreja doente, legalista, hipócrita, mas bem distante da santidade bíblica, que brota do interior e manifesta no exterior. Mais do que essas “listinhas de regras” necessitamos mergulhar em nossos corações os princípios bíblicos, que nortearão nossas vidas sem cabresto. Não esqueçamos que a santidade vem de Deus e começa pelo espírito, para então chegar ao corpo (I Ts 5.23). O caminho contrário é uma deturpação.

fonte: www.teologiapentecostal.blogspot.com

ABUSOS DA LIDERANÇA

Postado por Gutierres Siqueira

“Mesmo se o pastor estiver errado, nós devemos obedecê-lo, pois a Bíblia diz que devemos honrar nossos líderes”. Eu já tive o desprazer de ouvir essa asquerosa frase. Incrivelmente há aqueles que pregam uma obediência cega aos seus pastores. Pessoas que acreditam que os seus líderes são incriticáveis, infalíveis, uma espécie de “papa evangélico” ou no evangeliquês, um “ungido do Senhor”. Pastores que estão acima das Escrituras, pois suas palavras são “inspiradas” por Deus e soam como Palavra do Senhor.

Muitos pastores carismáticos (em ambos os sentidos) usam de um poder persuasivo, com toques de emocionalismo exacerbado, para “manipular” os fiéis. Utilizando supostos “dons” do Espírito (?) para humilhar pessoas, por meio de supostas revelações e profecias e até exigir quantias de dinheiro através de “atos proféticos”. A jornalista Marília de Camargo César escreveu uma reportagem em formato de livro sobre abuso de autoridade por parte de pastores evangélicos, ela conclui:

Uma das conclusões a que cheguei foi que esse tipo de culto fortemente movido pelas emoções confere enorme poder à liderança. E o poder é uma espada que poucos manejam com graça. É fácil errar a mão. É fácil cair na tentação de manipular. [1]

Outros acreditam piamente que maldição de pastor pega. Ou seja, crentes que são ameaçados “espiritualmente” ao trocarem de congregação ou por não acatarem uma decisão do líder, pois esses pastores alertam sobre a grave ameaça de sair de sua “cobertura espiritual”. Certamente se alguém ouvir essa espécie de maldição deve sair o mais rápido possível. Eles são verdadeiros terroristas “espirituais”, uma espécie de “pastor Bin Laden”. Existiria algo mais pagão do que isso? Difícil responder.

E a bajulação?Uma verdadeira praga. Quem disse que pastores devem viver em um modo de vida irreal, com dissonância em relação as suas ovelhas? Há congregações que, tendo pobres em seu meio, pagaram viagens para Israel aos seus pastores. Tudo bem, se o pastor tiver condições de fazer essa maravilhosa viagem, que faça, mas baseadas em uma oferta de uma congregação necessitada, aí não dá. Os espertalhões logo dizem que os críticos são hipócritas e tentam escapar de suas vaidades acusando outros. A mania de grandeza de alguns afeta inclusive seu ministério da pregação (bem rentável por sinal), pois jamais transmitem a Palavra em ambientes desagradáveis. Como escreveu o pastor José Gonçalves: “As ovelhas gemem quando o pastor conhece mais a arte de tosquiar do que a de apascentar” [2].

Em muitas igrejas pentecostais e neopentecostais, com suas estruturas caudilhistas, enxergam seus líderes não como servos, mas como empresários, administradores, CEOs e até minimonarcas. Nessa condição, os mesmos ganham uma cadeira de destaque nos palanques da igreja, sendo a mais bonita das cadeiras. Aliás, qual a funcionalidade daquele palanque cheio de homens engravatados sentados? Lembro que certa vez fui a um casamento, que inclusive estava sendo filmado, e os auxiliares daquela igreja estavam todos no “púlpito”, uma coisa nada haver, um verdadeiro vício dos lugares especiais. O pior é quando acontece alguma festa na igreja, onde visitantes ficam de pé, por causa da lotação, e os diáconos, auxiliares, presbitérios etc., todos sentados naquele palanque.

Ainda há a maldita idolatria. Crentes que não acreditam em santos e imagens de escultura como seus mediadores, mas agem como se seus pastores fosse esses mediadores, por serem pessoas com uma suposta aura especial. Outros líderes encarnam essa idolatria e logo mudam sua nomenclatura para apóstolos, e logo serão conhecidos como semideus. Pessoas que atribuem a si mesmo o poder e os milagres.

Como no texto que escrevi nessa quarta-feira (veja logo abaixo), o abuso das autoridades “espirituais” se dá também por meio de legalismos infantilizantes. Aplicam regras e mais regras além das Escrituras e acabam criando um estado de forte repreensão e medo. Tal ambiente é facilitador de toda sorte de abuso. Portanto, é muito pecado sob a capa de “santidade”, só que essa santidade não é bíblica.

Muitos outros exemplos poderiam ser dados, mas também devemos dar graças a Deus pelos bons pastores, que estão longe desses modelos caudilhistas, que não valorizam o poder acima do humano. Pessoas que dedicam sua vida para o crescimento do Reino de Deus e entregam sua vida para uma linda obra pastoral. Portanto, honrai aos bons pastores, denunciai os falsos.

Referências Bibliográficas:

[1] CÉSAR, Marília de Camargo. Feridos em Nome de Deus. 1 ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2009. p 19.

[2] GONÇALVES, José. As Ovelhas também Gemem. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. p 67.

fonte: www.teologiapentecostal.blogspot.com

Psicologia no Púlpito









Não creio que a psicologia deva ser usada como ferramenta de púlpito cristão. Ela é imprópria para aquilo que propomos usá-la! A psicologia nasceu da necessidade de “libertar” o homem da presença divina e, por conseqüência, da “escravidão” que seu criador pensava ser o sistema religioso.

Sigmund Freud era filho de judeus, mas tal fato não o auxiliou a crer em Deus.

Em conversas com pastores e lendo os textos bíblicos, extraiu princípios cristãos a fim de serem usados num sistema que, excluindo a divindade, permitisse ao homem auxiliar outro homem, sem, no entanto, ficar preso aos sistemas religiosos inerentes da época.

Era a solução perfeita para acompanhar a tese Darwiniana! “A morte de Deus”. Este foi o “boom” que a mídia veiculou!

A Psicologia não foi criada para ser uma ferramenta de auxílio à Bíblia, mas sim, para ser sua competidora mais voraz, afirmando ter a resposta para os problemas espirituais do homem, coisa que a Bíblia afirma, criteriosamente, ser a única a possuir.

De início, temos dois sistemas que competem pela posse da verdade, um deles bíblicos e o outro formulado de uma mente atéia em rebeldia ao governo divino. Tal menção, por si só, é suficiente para uma profunda reflexão sobre o porquê de estarmos amalgamando substâncias diametralmente opostas, por mais que aparentem um mútuo auxílio entre elas.

Como qualquer bom médico poderia comprovar, o maior problema de um paciente não está na doença, mas sim, na administração equivocada do remédio errado, fruto do mau diagnóstico feito pelo profissional da área. Ele, simplesmente, pode gerar conseqüências fatais ao enfermo. Se a causa do problema for mal diagnosticada, o tratamento tenderá de ineficiente a mortífero, dependendo do tempo de submissão ao tratamento e a dose administrada.

A análise freudiana é incapaz de remeter o problema do homem a causa motriz, o pecado original, e por isso, ineficiente para tratar a doença! É com o tratar câncer com aspirina, o doente não estará mais sentindo dor, contudo, não estará curado e irá morrer da mesma forma. Somente, pensa que está melhorando quando na realidade, seu sistema nervoso está sendo enganado para que não sinta dores. Um estímulo positivo que engana o sistema nervoso e o faz crer que estamos melhorando, quando continuamos a ser arrastados rumo ao julgamento final.

A análise freudiana remete os problemas humanos à formação do ser e identifica inúmeras fases a fim de descrever os problemas correlatos de cada fase. Todo problema humano remete-se a simplicidade de impulsos, desejos e anseios que o ID deseja satisfazer, mas que são inibidos por causa do SUPEREGO, formado a partir das regras e costumes da sociedade. A resposta do sistema freudiano é liberar o ID agindo na diminuição da inibição causada pelo SUPEREGO, ou seja, permissão concedida para satisfazer a própria vontade.

A bíblia trabalha a questão de forma contrária! O superego não é formado pela sociedade, mas sim, uma consciência impressa no homem por Deus a fim de balizar suas ações, e esta, impressa em nossas mentes por causa da queda. A Bíblia ensina que tal consciência não é algo que deva ser ignorada em prol da satisfação egoísta de nossos desejos. Antes, somos orientados a não pensar de si mais do que nos convém e negarmo-nos a si mesmos, constantemente.

Os sistemas competem entre si. Uma única proposta, a cura para os males do homem, contudo, cada uma aponta para um lado, completamente, diferente. Não há liga! Ao uni-los, não torno a pregação Bíblica mais eficaz, mas retiro dela tudo aquilo que ela julga ser: A verdade absoluta que não necessita de complementos!

Apesar de não crer que as duas devam ser unidas num único sistema, não excluo a necessidade de conhecê-la profundamente, pois a sociedade em que vivemos é uma sociedade psicológica, onde os termos Ego, Egoísmo, Psique, entre outros, estão fortemente arraigados a nossa cultura.

Ora, se temos que trazer alguém das trevas para a luz, devemos conhecer como funciona o pensamento dentro de uma sociedade psicológica, para entendermos os pontos de conflito entre a verdade que pregamos com aquela que o mundo afirma ser verdade.

Que ninguém fique nestes pequeninos parágrafos, mas que busquem e pesquisem na ânsia salutar de encontrar a verdade...


Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.



Postado por O PENSADOR

fonte:http://www.opensador.info/2009/02/psicologia-no-pulpito.html?obref=outbrain

A Maldição do Dedo Podre Evangélico!









Por Alessandro Monteiro

Tenho observado o andamento das coisas e entristecidamente eu confesso que não consigo assimilar as enormes diferenças existentes entre o evangelho de Cristo e o “evangeliquês” que se tem pregado já há muito tempo. Busco razões na Bíblia para atender aos chamados de quem se diz cristão, mas na realidade, na hora do aperto e da contradição acaba-se demonstrando semelhante ao homem comum, mundano e sem Deus.

Como pode alguém que se considera convertido ao Cristo ressurreto conviver com a idéia de que seus costumes guardados e sua língua perniciosa o torna mais santo e que essas coisas o levarão ao céu? Onde em algum momento o Mestre apontou o dedo para algum pecador e o condenou? Antes disse que esse era pecador e que deveria se arrepender e não mais pecar. Onde o Senhor condenou alguém por ser apenas um homem falho? Antes condenou as falhas e morreu por todos os homens.

O dedo podre tem desenvolvido e contaminado o povo com sua podridão. E analisando com cuidado percebe-se que não acusam porque não fazem e sim porque tem medo de fazer. Isso é coisa de fariseu! Vejo e ouço dizerem que Fulano ou Cicrano não é “crente”, pois usa roupas não tradicionais ao costume que o homem implantou na Igreja dizendo ser DOUTRINA. Já pensaram que isso é contra a Palavra e que nela acrescentam seus “entendimentos”? Isso SIM é pecado! Querem ser separados do mundo, mas usam isso para destituírem quem quer que ande no Caminho e não respeite seus dogmas de bom agrado da Glória do Senhor Jesus. Mas então Deus resolve justificar o JUSTO (ficou redundante) e aquele que dantes queria lançá-lo ao mármore do inferno, agora está perdido, sentindo-se humilhado por sua própria índole. Então nasce um dos mais vis espíritos que tem se agregado debaixo dos átrios dos maledicentes, a vingança!

Um sentimento ruim que assombra, que anda a espreita, que observa tudo e todos e faz do "justificado por Cristo" o maior alvo de sua existência. Para esse sentimento, os dogmas e doutrinas triplicam e as verdades e amor de Cristo não mais existem, agora existe apenas sua meta a ser atingida, "derrubar aquele que Deus levantou no seu lugar". Então surgem as fofocas, o “disse me disse”, lançando em xeque a credibilidade das pessoas, como se Deus Todo Poderoso não soubesse o que se passa no coração de cada um, como se Deus dormisse no ponto e deixasse o que não escapou aos olhos da ave de rapina, passar despercebido.

Isso realmente é o maior e mais mortífero câncer que existe dentro da igreja protestante, reformada e evangélica. E ainda tem quem se levante e diga que na igreja primitiva também era assim, portanto não precisamos evoluir... E vamos para o inferno como os que na igreja primitiva cometeram tais perjúrios? Li em algum lugar algo sobre nosso Jesus que me deixou muito pensativo e acredito que isso tenha feito minha torpeza parar e o veneno da minha língua se extinguir. Dizia nesse texto que se Jesus tivesse vindo nos dias de hoje, que para imaginarmos como foi o escândalo daquela época, que o veríamos sentados junto a prostitutas, traficantes, políticos corruptos,... O que diríamos? Ouviríamos suas palavras e nelas acharíamos a cura para nossos males, mas como os fariseus, diríamos que não vinha de Deus, pois não sentava junto aos “filhos” e sim com a “escória”. Então como poderíamos nós, filhos do Altíssimo seguir a um homem cujas palavras feriam os “justos” e afagavam os “ímpios”? E como da outra vez, a mesma história se repetiria, não somente porque estava escrito que assim deveria de ser, mas porque foi escrita assim, porque Deus conhece o coração do homem desde a sua criação.

fonte:http://membrodebanco.blogspot.com/2009/04/maldicao-do-dedo-podre-evangelico.html

NAZISMO EVANGÉLICO


Gostaria muito de saber o motivo pelo qual, nós, chamados seguidores ou imitadores de Cristo fazemos completamente o oposto daquilo que Jesus fez e ensinou, e o porque, que muitos de nossos irmãos e irmãs andam pelas ruas de nossas cidades como se fossem melhores ou superiores ao resto da sociedade.

Você já reparou o olhar altivo de muitos cristãos, direcionado àqueles que não estão vestidos quem sabe da mesma maneira que eles? Ou a cara fechada, e de poucas amizades que os cristãos fazem questão de fazer quando chegam a um lugar cheio de pessoas de todos os tipos de raças e religiões?

Não consigo entender quem nos ensinou a ser assim, mas de alguma maneira um “Farizeu Nazista” foi sim gerado dentro de todos nós. E é esse fariseu dentro de nós que faz com que nos julguemos melhores do que aqueles que ainda não aceitaram a Cristo, e muito mais em relação àqueles que estão na margem da sociedade.

Adolf Hitler foi o líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, também conhecido como Nazi, que possuía teses “Racistas” e “Anti-Semitas” e se considerava superior àqueles que não eram da raça considerada “pura”, no caso a raça Ariana.

Grupos como: Testemunhas de Jeová, eslavos, poloneses, ciganos, negros, homossexuais, deficientes físicos e mentais e judeus, eram marginalizados e em seguida brutalmente perseguidos e mortos, fato que ficou conhecido como “holocausto”durante o período da segunda guerra mundial.

Diz a história que A. Hitler era um homem que não admitia que seus oficiais e aliados fumassem, e ainda era uma pessoa polida e cordial no trato particular, quase paternal,
Hitler até gostava de se reunir com seus camaradas no restaurante, sempre pedindo um ravioli e água mineral, regado por papos discontraídos e muitas risadas.

Analisando o esteriótipo de Adolf Hitler, posso dizer que ele não era uma pessoa muito diferente dos crentes que lotam nossas igrejas. Pois a maioria deles não bebem, não fumam, são cordiais e mansos no falar com os seus irmãos e camaradas, porém não passam de “Nazistas Espirituais”, que marginalizam constantemente todos àqueles que são diferentes, pecadores, ou que até mesmo não se vestem ou pensam como eles.
É importante salientar que qualquer tipo de marginalização e preconceito é exatamente o oposto do que Jesus ensinou.

O amor segundo o apóstolo Paulo é o único dom que nunca perecerá e que pode verdadeiramente transformar alguém. Pois o amor é bondoso, não maltrata, e não se alegra com a injustiça...

Podemos ver relatados nos evangelhos que o Senhor Jesus, ao longo de seu ministério sobre a terra, deixou uma forte marca: o bom relacionamento com os pecadores. Jesus literalmente impressionava os religiosos da sua época, com demonstrações de amor e compaixão.

Então, agora é a nossa vez de impressionar e comover os religiosos da nossa época e todo o resto da sociedade, com demonstrações de amor, compaixão e afeto que possam destruir todo tipo de preconceito, ódio, ou sentimento de superioridade que ainda exista entre os homens.


Edificados Sejamos!
Postado por Thiago Rodrigo e Elinéias Fabrício
fonte: http://www.chamadospelagraca.blogspot.com/

22 de junho de 2009

Bobagens que cantamos por aí

"No mundo tereis aflições!"

Com esse afirmativo Jesus prepara-nos para enfrentarmos cada dia com o seu cotidiano mal.

Peculiar é a situação do apóstolo São Paulo: "Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação." Fp 4: 11

Paulo é categórico: "APRENDI" a viver contente, não que ele gostasse das catástrofes que marcaram seus dias de crente aqui; entendia o curso deste tenebroso mundo avesso a Jesus, e prosseguia.

"Sei o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que preciso, aprendi o segredo de me sentir contente (.) quer esteja alimentado ou com fome." Fp 4: 12 – NTLH
O apóstolo dos gentios "aprendeu" a viver contente, pois viveu para e com o Senhor, não bajulava o próprio ventre. E trabalhou mais, plantou igrejas mais que todos. E foi capaz, em Deus, de proferir: "Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação." Fp 4: 13. NTLH

Em momento algum encontraremos Paulo entoando musiquetas anestésicas do tipo: “Vai dar tudo certo!” Porque as pessoas sérias; e o Evangelho está cheio de gente séria, sabe que não é verdade, nem sempre vai dar tudo certo; passaremos por aflições.
Curioso é que a mesma música, que falsamente afirma que tudo vai dar certo, também lamenta: “Sei que a vida não é, só de momentos bons, há tempos difíceis, a vida é mesmo assim...” Mas, não ia dar tudo certo?

Bobagens que cantamos.

Entre os absurdos da Confissão Positiva, madrasta da teoria da restituição está esta canção-oração: ”Restitui, eu quero de volta o que é meu...” Mas, o que exatamente o novo homem deixou de bom lá atrás pra aporrinhar Deus pedindo de volta? Parece a mulher de Ló ao deixar Sodoma! O que perdi e quero de volta? Um ministério falido? Um casamento conspurcado? Um negócio escuso e cambaleante? A namorada que se mandou?

Pois eu quero tudo, novinho em folha, o Cristo a quem eu sirvo me prometeu e é fiel pra cumprir: II co 5: 17. A teoria da restituição poderia muito bem ser apelidada de “síndrome da mulher de Ló!” Quero um casamento novo todo dia, um ministério com nome do Céu e não de homens, flagrante macabro do autoculto. Importa que eu diminua.
Bobagens que cantamos.

Pedimos a Deus: “Quebre a minha vida, faze-a de novo.” Uma coisa é a inegável nobreza da petição, outra é que tal pedido baseia-se nos capítulos 18, 19 e 20 do livro de Jeremias; clamor por juízo? Suplico para ser entregue nas mãos de satanás, e disciplinado? Pois se bem me lembro, por toda a Bíblia Deus usa satanás ou coisas deste mundo, avesso a Jesus para açoitar-nos. Não é o que quero dizer, é o que digo.
A isso emendo outro descalabro: “Eu quero estar com Cristo onde a luta se travar...” Mal conseguimos resistir ao mal cotidiano, pecamos em assuntos caducos e trovejamos como a tropa de elite celestial. Absurda pretensão!

Bobagens que cantamos.

Nem a ordem eterna e soberana dos Céus é respeitada: “Põe um anjo aqui Senhor, põe um anjo lá, um anjo na porta e outro no altar...” Parece escalação de time de várzea, simples assim? Apoc 10: 1,2 descreve um único anjo, e já impressiona.
E a igreja vai assim, de bobagem em bobagem, contaminada pela “batalha espiritual” outro equívoco; a classe de catecúmenos está às moscas, mas anuncie um curso de “batalha”, lota. Onde estão as ovelhas, dependentes de Cristo, o general e seu exército de anjos, não de homens. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis. Êxodo 14: 14. ARC
Rm 16: 20: “E Deus, logo esmagará satanás debaixo dos pés de vocês.” NTLH – Deveria encerrar as loucuras cantadas por aí, é Deus, e não nós quem esmagará satanás; até o gesto da “gospel” Fernanda Brum é esquisito. A mesma “ensina” que anjos recebem ordens de humanos - DVD apenas um toque – a patota “gospel” abusa, sem temor nem limites. A presença de Deus, o Soberano, é tratada como se trata um “despastor” qualquer; pop-gospel que se preza deixa Deus tomando chá de cadeira.

Aí, quando penso que os tropeços acabaram, a emissora “gospel”, cujo proprietário também gerencia a seção de títulos celestiais, toca: rompendo em fé, uma belíssima canção que, por força do hábito, um hábito ruim, afirma que: “Se diante de mim, não se abrir o mar, Deus vai me fazer andar por sobre as águas.” Claro, Deus é soberano pra fazer o que bem entender, abrir o mar, me fazer andar por sobre as águas etc... O que escapa aqui é a afirmação: se o mar não se abrir, Deus usa o plano B. e desde quando Deus precisa de plano B?

A afirmação, e aqui estamos tratando de afirmações espirituais contidas nas composições ditas de louvor a Deus, afronta Deus. O hit “gospel” afirma, ou sugere que, se Deus não for competente o suficiente para abrir o mar da tribulação, da falta de fé, da dificuldade, Ele dá um jeitinho e me faz passar por cima das tempestuosas águas da vida.

É milagre de livramento sim. O que não se pode ignorar? As afirmações.

Bobagens que cantamos.

(ex-interno do centro de recuperação de mendigos – Missão Vida)

www.mvida.org.br

www.sola-scriptura.com

fonte:http://www.ultimato.com.br/?pg=mural&local=mural_show&util=1®istro=1769

19 de junho de 2009

Lembranças de algo que não há


Rodrigo de Lima Ferreira

No último domingo, celebrei a Ceia na igreja que pastoreio. Para mim, é um momento importante, quando vivenciamos um mistério, que é a presença de Jesus nos elementos e no culto. Na verdade, não dá para explicar aquilo que nós reformados chamamos de “sacramento”. No máximo, podemos compartilhar a experiência.

Enquanto me lembrava do culto e do momento da Ceia, da alegria de partilhar da mesa do Senhor com gente tão pecadora quanto eu, mas também tão alcançada pela graça salvadora de Jesus, comecei a ficar triste.

Não por causa do culto em si, nem pela igreja que pastoreio. Muito menos pelas pessoas de lá. Minha tristeza se deu por causa de um cansaço.

Acho que estou cansado, estafado, esgotado. Não se trata de cansaço físico, que uma boa noite de sono resolve, nem de cansaço ministerial. Estou cansado é dos rumos que a igreja evangélica brasileira anda tomando. Em contraste com a santidade e a intimidade que o Senhor nos proporciona, lembradas pela celebração da Ceia, vivemos tempos muito ruins. Parafraseando Frank Peretti, estamos vivendo em um mundo tenebroso. Não temo em afirmar que rumamos para uma grande apostasia.

A fé bíblica deixou de ser parâmetro para o ser cristão. Hoje as pessoas buscam cada vez mais ter experiências sensoriais, ainda que em total afronta às Escrituras. Bíblia? Ora, para quê Bíblia, se hoje temos profetas, bispos e apóstolos ungidos, vindo diretamente do trono de Deus, sem nenhuma chancela do Espírito Santo e de seu corpo, que é a Igreja (não confundir com “igrejas”) aqui na terra? Por que gastar tempo lendo e interpretando uma literatura em sua maior parte de origem semita, produzida há cerca de 2 mil anos, se hoje temos DVDs, CDs e outras bugigangas que trazem o alento necessário às almas ocas? Por que se importar em ser pastoreado de modo saudável, se hoje não nos importamos mais em viver um verdadeiro renascimento medieval? Se hoje se cobra um módico preço de cada incauto para que ele seja abençoado por Deus através de gente que confunde estética metrossexual com intrepidez ministerial? Em nossos tempos, não é melhor cantar “Restitui” do que “Tudo a Ti, Jesus, entrego”?

Sempre que posso, procuro alertar as pessoas sobre como a igreja evangélica brasileira tem se transformado nessa espécie de “Sodoma gospel”, onde as pessoas, ainda que religiosas, são más e agem contra o Senhor (Gn 13.13). Fico feliz com a igreja que pastoreio hoje, que tem sido receptiva àquilo que procuro alertar. E sei também de outras comunidades e igrejas locais onde se busca o evangelho verdadeiro. Mas sei também que estamos nos tornando exceção.

Sinto saudades do tempo em que as aberrações eram prontamente identificadas e rejeitadas, um tempo em que o “deus-mercado”, o “deus-espelho” e o “deus-sucesso-a-qualquer-preço” ainda não tinham colocado as garras de fora. E isso tudo me entristece bastante.

Sei que Deus ampara os seus, não permitindo que fiquem atordoados (1Pe 2.6). Sei que estamos vivendo o cumprimento das profecias acerca da volta de Jesus (Lc 18.8), e que apareceriam falsos cristos e falsos profetas anunciando a “última revelação fresquinha” de Deus (Mt 24.5, 23, 24) — o que de fato já está ocorrendo. Mas a vida ministerial tem dessas coisas. Que Deus me ajude a olhar mais para suas promessas, que refrigeram o coração e a alma (Sl 19.7), enquanto andamos no seu caminho.


• Rodrigo de Lima Ferreira, casado, duas filhas, é pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em missões urbanas pela FTSA, hoje pastoreia a IPI de Rolim de Moura, RO.

fonte:http://www.ultimato.com.br/?pg=show_conteudo&util=1&categoria=3®istro=1069

10 de junho de 2009

O RABO DO AVESTRUZ E A IGREJA XIITA...






Por Leonardo Gonçalves



Igreja xiita! Sim, xiita e preconceituosa, que ensina os crentes que a santidade está em abandonar a calça jeans e usar uma saia comprida até na canela; que mente aos homens dizendo que jogar futebol é coisa do diabo, e onde o pecado é definido e redefinido segundo o achômetro do pastor.


Tenho muita pena dos membros dessas igrejas, pois sei que no final de tudo eles são vítimas. São vítimas de uma liderança farisaica que se encerra dentro de um caixote, e de líderes avestruzes que enfiam a cabeça na terra para não enxergar o que acontece no mundo. Avestruzes que não assistem televisão, mas vivem pendurados na internet. Avestruzes desinformados que enfiam a cabeça na terra e não vêem a real necessidade do mundo! Avestruzes que falam de missões, mas a missão que eles conhecem não vai mais longe do que o famigerado congresso do Balneário Camboriú. Avestruzes que enfiam a cabeça na terra e depois reclamam quando alguém mete bala no seu rabo (*).


“Ai!!! Quem foi que atirou no meu rabo?”. Como é que o avestruz vai saber? Ele estava com a cabeça dentro do buraco e não viu quando, por causa desses extremismos, o mundo começou a zombar de nós. E quando, por causa da sem vergonhice gospel, a globo começa a falar mal dos crentes, o avestruz reclama, diz que é perseguição da mídia... Pobre avestruz.


As vezes me pergunto o que aconteceria se Jesus viesse hoje à terra, da mesma forma que há 2 mil anos atrás. O que aconteceria se os crentes evangélicos vissem Jesus comendo na casa de político corrupto, ou conversando com a “Bruna surfistinha” sozinho no banco da praça? O fariam os nossos tradicionais irmãos, aqueles dos “bons costumes”, se vissem uma mulher de calça jeans e brinco de argola, acariciando os pés de Jesus, beijando e enxugando-os com seu cabelo. O que faria essa gente quando Jesus proferisse seu famoso discurso de Mateus 23, e bradasse em alto e bom som:


“Ai de vós, hipócritas, que limpais o exterior do copo e do prato, mas no interior estão cheio de rapina e de iniquidade”“


Ai de vós, hipócritas! Que parecem com sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas por dentro estão cheios de podridão!”


“Guias cegos! Vocês coam os mosquitos e comem camelos”. Preocupam-se tanto com vestimentas, mas pregam heresias!


“Ai de vós, tradicionalistas hipócritas! Porque cruzam o céu em avião para fazer novos convertidos (missionários?); mas depois que ganham essa alma, fazem dele um filho do inferno, duas vezes mais preconceituoso e xiita que vocês!”


E na minha imaginação, vejo-os fazendo exatamente o que fizeram à 2 mil anos atrás: julgando, condenado e crucificando novamente o Filho de Deus!




***


(*) – Apenas à guisa de esclarecimento: o uso da palavra rabo no referido contexto, não é uma expressão desrespeitosa, ou um palavrão. Lembre-se que esta palavra foi usada no contexto do mundo animal, e animais não têm nádegas, têm rabo mesmo.


Leia também no Púlpito Cristão
fonte:http://genizah-virtual.blogspot.com/2009/06/o-rabo-do-avestruz-e-igreja-xiita.html

9 de junho de 2009

MANUAL DE INSTRUÇÃO PARA LUDIBRIAR O REBANHO COM ENTRETENIMENTO E PROSPERIDADE


Manual de instrução para ludibriar o rebanho com entretenimento e prosperidade.

Eis aqui um artigo ironicamente preparado para demonstrar as mutretagens dos populares ministros da fé e da prosperidade, os quais dominam o cenário eclesiástico nas três Américas, por causa da incompetência bíblica de 99% dos crentes.

Regra Número 1

a) - Aprenda
a falar as palavras capciosas dos cristãos "ungidos". Você pode começar repetindo a palavra "ungido" em sua conversa, fazendo com que as pessoas de fato acreditem que você possui essa unção especial. (Veja a regra 3, para ter uma completa lista dessas palavras capciosas). Congregar pessoas na audiência para serem "curadas" é uma boa maneira de captar a confiança do rebanho. Contudo, tenha a certeza de que o incômodo do qual elas desejam ser curadas é invisível, não podendo ser constatado pela Medicina. Enxaquecas e outras dores e incômodos são excelentes motivos para uma boa capitalização. Esteja certo de escolher de antemão as pessoas, de modo que elas não publiquem o que está acontecendo. Persuadir as pessoas de que você vai lhes dar um conhecimento secreto, o qual outras pessoas não conhecem, pode atraí-las como moscas para o mel. Isso vai encorajá-las a ficar maravilhadas diante do seu conhecimento. Quando as pessoas reconhecerem que você possui essa "unção", você logo poderá afirmar o seu apostolado ou se estabelecer como um "profeta de Deus". Isso funciona muito bem porque as pessoas preferem ouvir um "profeta" que escutar a voz de Deus através do estudo de Sua Palavra. Lembre-se de evitar que elas descubram que você se "ungiu" a si mesmo. Isso é vital. Se elas virem que você é o único a afirmar que foi "ungido", você jamais conseguirá a afluência do rebanho, e não vai conseguir o entretenimento e o lucro que vão chegar, quando você conseguir ludibriar as ovelhas.

b) - Estabeleça-se como um profeta de Deus, fazendo algumas predições. Não importa se estas não se cumprirem, pois você sempre vai poder afirmar a falta de fé como a razão para que estas não tenham se cumprido. O segredo do sucesso é jogar a culpa sobre os outros, quando estiver num local apropriado. O que quer que aconteça, jamais assuma a responsabilidade pelo fracasso da profecia, pois isso poderá manchar a sua imagem e atrapalhar a tosquia do rebanho para o entretenimento e a prosperidade. Você também deve evitar que o rebanho chegue perto de passagens da Bíblia, as quais dizem que um profeta deve ter 100% de acerto, conforme Deuteronômio 18. É necessário conservá-lo longe dessas passagens, lembrando-o de que todo mundo pode falhar. Se você mantiver o foco sobre as pessoas falíveis, seu rebanho não vai saber que as profecias supostamente vindas de Deus são infalíveis.

c) - Se alguém o desafiar como um profeta de Deus, faça com que ele se lembre do verso "Não toqueis nos meus ungidos" e as conseqüências sobre quem "blasfema contra o Espírito Santo". Nunca os deixe perceber que essas passagens nada têm a ver com você ou com a situação em pauta. Vai soar muito espiritual se você lhes falar essas passagens em voz alta, olhando-os severamente nos olhos... É essencial que você sempre amedronte o rebanho, o máximo possível, para ter a certeza de que as ovelhas têm medo de você. O medo é uma grande ferramenta a ser usada, a fim de garantir a tosquia do rebanho.

d) - Desencoraje o rebanho de ler a Bíblia sozinho. Relembre-o sempre de como o Espírito Santo tem falado com você, o que reduz a necessidade de suas ovelhas estudarem a Bíblia, visto como os seus conhecimentos são até superiores aos da Bíblia. Não esqueça de injetar um verso, aqui e ali, de modo que elas pensem que isso é de Deus. Procure versos obscuros, de modo que o rebanho não descubra que eles nada têm a ver com o que você tem ensinado. É aconselhável usar uma versão bíblica mais antiga, pois a maioria das pessoas hoje em dia não entende o português clássico e você pode fazer com que elas entendam os versos exatamente como você deseja. Se alguém o desafiar, invoque o seu "divino conhecimento da revelação" e repita as clássicas frases do item "c". Se alguém no rebanho tentar ler a Bíblia por conta própria, tenha a certeza de interpretar as Escrituras para ele, dizendo o que elas "realmente" significam. Será proveitoso que você escreva o seu próprio estudo bíblico, com as suas próprias anotações nas margens. As versões em couro podem ser vendidas por mais de R$ 200 cada uma e podem oferecer uma fonte de lucro por muitos anos.

e) - As pessoas mais chatas são aquelas que ficam insistindo na sã doutrina e é preciso ficar alerta quanto a esse tipo de gente, a qualquer custo.
Seu lucro e reputação estão em jogo neste ponto. Contudo, isso pode ser facilmente superado com a frase capciosa: "Será que podemos continuar? Todos nós amamos Jesus". Convença o rebanho de que a doutrina é divisora e o que importa é amar o Senhor. Isso funciona bem, pois os que insistem no assunto são rotulados como divisores e isso questiona a sua espiritualidade. Quando se chega a esse ponto, fica fácil deixar de lado o que eles estavam falando.

f) - O emocionalismo é essencial para o ministério de engodar o rebanho. Imite os mais bem sucedidos enganadores e pratique isso, até que se torne um hábito. Ande agressivamente para a frente e para trás, no palco, acenando amplamente com os braços, com a certeza de estar falando rápido e em voz alta. Para dar mais ênfase, sussurre algumas vezes para que todos se esforcem para escutar você e em seguida dê um forte gemido, para que eles pulem de suas cadeiras. Verter lágrimas e ficar ensopado de suor na fronte e no queixo, enquanto está pregando, ajuda bastante a demonstrar "unção", garantindo que o rebanho está recebendo uma mensagem "ungida". Dance bastante e fale "Uuuuh! Sinto a unção chegando sobre mim... Ó glória!" Esteja certo de fazer barulhos estranhos, às vezes, e diga que está falando nas línguas do Espírito. Isso impressiona demais e assegura a admiração do rebanho sobre você.

Regra Número 2

Para um ministério prosperar, o dinheiro deve ser regularmente extorquido do rebanho
. Não tome todo o dinheiro dele, de uma vez, porque isso poderia fazer a fonte secar e você deve ter a certeza de receber ofertas durante muito tempo, a fim de aumentar o seu lucro. Continue fazendo com que os seus seguidores tenham esperança de que os ensinos recebidos funcionam de fato. Isso pode ser conseguido, mostrando como o Senhor o tem abençoado, quando você dirige a sua limusine. Assegure-os de que eles também podem tornar-se servos ungidos de Deus, recebendo as mesmas bênçãos. Alguns dos truques seguintes podem funcionar muito bem; eles têm sido tentados e testados. Contudo, quando esses truques começarem a falhar, use um pouco de imaginação para conservá-los atuais e excitantes.

a) - Oração ungida sobre roupas e acessórios. Isso tem sido uma boa novidade e com muito sucesso. Esse truque não funciona bem com as ovelhas mais idosas, mas existem muitas ovelhas novas que ainda acham isso excitante. Você pode ter uma variedade de roupas e adereços ungidos que as conservará freqüentando, por enquanto. Roupas e acessórios podem servir para unção, riqueza e poder. As possibilidades são quase ilimitadas com uma imaginação fértil. A margem de lucro pode ser muito grande porque as roupas e acessórios são baratos na compra e podem dar um bom lucro, quando vendidos por preços mais altos do que valem, por causa da "unção" [hoje está na modas as toalhias com o seu suor].

b) - Orar sobre cartas. Esta é outra maneira de atrair lucro. Uma vez que o seu investimento financeiro é quase nulo. Faça com que os membros enviem cartas com pedidos de oração e você pode estabelecer o preço para orar sobre as mesmas. Quanto você cobra depende do quanto você deve ter convencido as ovelhas de sua unção. Um bom profeta ungido pode receber 20 pratas ou mais por oração, se esta for manejada corretamente. Tenha a certeza de que tem uma maneira de se livrar das cartas, a fim de que estas não entulhem o seu espaço particular no escritório.

c) - Se alguém optar pelo ministério de libertação como um meio de lucro e gratidão, você pode oferecer acessórias ungidos para afugentar os espíritos, fixando o preço conforme a severidade do demônio. Eu não recomendaria o uso do termo "dólares contra os demônios", porque isso poderia não soar muito espiritual. Contudo, esse ministério garante lucro e reconhecimento, porque os demônios não ficam presos por muito tempo e logo voltam. Então, você será chamado sempre e sempre para exorcizar os mesmos demônios das mesmas pessoas. Evite muito trabalho nessa área, porque as pessoas depressa ficarão dependentes de você para conservar os demônios longe. Se elas se tornarem insatisfeitas e o questionarem, chegou o tempo de você as despachar como cães que continuam voltando ao seu próprio vômito. Lembre-se que sua imagem precisa ser protegida e jamais aceite perguntas tolas, como: "Por que não funciona?" A chave para um ministério bem sucedido é jogar a culpa sobre a ovelha. A arrogância será sua melhor aliada para o manter a salvo do rebanho.

d) - A era eletrônica é maravilhosa e não se pode negligenciar este meio de lucro e gratidão. Você pode convencer o rebanho de que Deus está sempre presente em toda parte, inclusive na Internet. Faça com que os possessos dos demônios ou enfermos coloquem as mãos e a testa diante da tela, convencendo-os de que Deus está tocando-os através de você, pelo monitor. Coloque em seu website um desenho em que você apareça com a mão estendida para eles. Isso os convencerá de que você realmente está orando em seu favor. Declare que as orações só irão funcionar se eles tiverem remetido dinheiro. Sua reputação é que vai determinar o preço a ser fixado por essas orações. O poder de sugestão funciona bem; os hipnotizadores têm usado esse princípio por muitos anos. O importante é que o cliente esteja mentalmente convencido de que a "unção" está fluindo para ele através da tela do monitor. Então, você pode pedir mais ofertas para futuros toques ungidos.

Regra Número 3

Fique papagueando o jargão que somente os ungidos costumam usar: "Clame pelo sangue de Jesus".

a) Não importa o fato de que não haja qualquer precedente na Bíblia para a frase acima.
Como a mesma soa espiritual, então que seja usada constantemente. Repetida sempre e sempre ela pode dar a impressão de algum ingrediente mágico no sangue de Jesus, ficando no mesmo nível da água benta, do incenso, das velas acesas e do uso do crucifixo [NT: Hábitos muito comuns aos católicos], como proteção para o rebanho. (Esses itens supracitados poderão ser vendidos com um bom lucro, se forem "ungidos"). Conhecer o linguajar dos "ungidos" poderá elevar você ao reconhecimento e colocá-lo na posição de ludibriar o rebanho pelo entretenimento e pela profecia, de maneira mais rápida. Falar diretamente com Satanás é muito impressionante, mas você deve evitar que eles vejam que isso não é bíblico. Juntar palavras e frases capciosas à mímica deve ser feito conforme abaixo e JAMAIS esqueça de "invocar o nome de Jesus" (Tente falar "Jesus" o mais longo possível: Jeeeeeeesuuuuusssss. Quanto mais longo, melhor). "Satanás, estou aqui em nome de Jesus". "Satanás, você está amarrado em nome de Jesus". "Satanás, eu ordeno que você volte para o inferno, em nome de Jesus". "Satanás, eu repreendo você em nome de Jesus". (Não esqueça de enfatizar o pronome EU. Isso vai colocar você em foco como alguém com poder para fazer essas coisas. Isso também coloca o foco em Satanás e não esqueça de invocar o nome de Jesus para um toque de religiosidade, que vai dar a impressão de poder. Se você conseguir desviar o foco de Jesus, então isso vai convencer o rebanho de como ele precisa dos que ocupam a posição de "ungidos". Apontar para Jesus vai atrapalhar a posição de ungido e de continuar com o engodo; portanto, todo cuidado nessa área é pouco!)

b) Mais algumas palavras e frases capciosas:
* Afirmar, confessar e exigir a cura em nome de Jesus é bom, mas retira a atenção de sua unção. Mais uma vez, quanto mais arrogante você for, mais chamará a atenção das ovelhas sobre a sua "unção".
* Aleluia, Louvai ao Senhor, glória e amém. (repita sempre e sempre, e para mais ênfase, um assobio às vezes é bom. Quanto mais alto melhor, para que escutem a sua unção).
* Gritos de glória e "vivas ao Espírito Santo, devem ser atirados às vezes. Se você for vencido pelo riso, será fácil engodar o rebanho, afirmando que se trata do "riso santo" e todos irão a você (o que vai levá-lo a rir mais fortemente; mas não se preocupe, pois eles vão rir muito, o tempo todo).
* Cantar, dançar, falar e andar no Espírito são certamente fogo nas palavras "ungidas", as quais serão notadas!

c) - Semente de fé. Este termo indica que os crentes estão plantando uma semente de fé e vão conseguir uma colheita em dinheiro por causa dela.
Usando essa idéia, você pode conseguir que as pessoas lhe enviem grandes somas de dinheiro sob a promessa que receberão de volta o valor centuplicado. As pessoas são ambiciosas por natureza e a ilusão da promessa de receber milhares de dólares de volta é uma poderosa indução. (Mas tenha a certeza de que elas ficarão longe da leitura de Marcos 10:29-30, porque você não vai querer dar a elas um lampejo sequer de que as perseguições também poderão acontecer em suas vidas. Livre-as de qualquer idéia de que o estilo de vida que você está promovendo poderia algum dia causar-lhes problemas). Isso também vai dar-lhe uma excelente oportunidade de usar a culpa e a intimidação para coagir as pessoas a lhe mandarem grandes somas como "ofertas de amor". Obviamente, se elas não quiserem lhe enviar esse tipo de "oferta de amor", então é porque não têm bastante fé para plantar. Termos acusatórios sobre a sua falta de fé, se não lhe enviarem dinheiro, neste caso funciona bem e vai lhe garantir um proveitoso ministério para muitos anos futuros.

Resumo:Lembre-se que a natureza corrupta do homem o conduz à busca de fama e fortuna para si mesmo, excluindo o próximo. Pode ficar certo da continuação, caso se lhe ofereça a possibilidade de conseguir riqueza e poder. Tendo isso em mente, continue a apelar para a sua natureza corrupta, espiritualizando-a, a fim de que as ovelhas pensem que as coisas que elas desejam são as que Deus quer que elas possuam. Repita constantemente frases como "Deus deseja que vocês sejam ricos, saudáveis e felizes, acima de todas as cosias". Evite as pessoas que afirmam que a maturidade espiritual é mais importante aos olhos de Deus que o sucesso financeiro. Conserve o seu rebanho longe desses tipos. Eles podem ser devastadores para o seu ministério.
Se o rebanho falhar em alguma coisa, use a intimidação e o medo para que ele continue intacto. Essa tática vai garantir a continuidade do seu próprio bem-estar financeiro. Lembre-o de que se ele falhar nessas coisas será pela falta de fé, a qual está evitando que as bênçãos de Deus aconteçam.
Lembre-se que você tem de andar conforme fala, a fim de conservar a credibilidade. Isso quer dizer: nunca mencionar que você pode pegar um resfriado, pode deixar de se sentir feliz e que está com problemas financeiros. Cometer um erro assim seria uma rápida maneira de destruir o ministério de levar o rebanho no papo. Você é o exemplo de tudo que Deus deseja para ele e demonstrar qualquer sinal de fraqueza humana vai minar tudo que você esperava conseguir. A ilusão é tudo.
Se você descobrir que alguém está querendo sair, use depressa o medo e a culpa para conservá-lo no rebanho. Uma tática muito eficiente é a de ameaçá-lo com a perda da salvação, caso ele saia. Ameace também os seus filhos, dizendo que se ele sair, seus filhos vão pagar pela sua falta de fé. Esta é uma boa maneira de conservá-lo na linha, pois a maioria dos pais ama demais os filhos.

(Traduzido do Artigo "Official Handbook Of How To Fleece The Flock For Fun And Profit")
Postado por Djalma Oliveira Santiago
fonte:http://presbiterianoscalvinistas.blogspot.com/2008/11/manual-de-instruo-para-ludibriar-o.html