19 de abril de 2011

As bacias da vida, em qual delas farás uso?

As bacias da vida, a bacia da diferença e a da indiferença


 
Querido leitor, quero compartilhar contigo este devocional sobre duas das bacias da vida e, que possas refletir em qual delas farás uso!

Que este simples texto venha sob o agir divino tocar profundamente em seu coração.

Tomaremos como textos S. João 13.5 e Mateus 27.24, para melhor ilustrarmos sobre as duas bacias, uma representa a bacia da diferença e a outra a bacia da indiferença. A primeira é a bacia utilizada por Jesus e a outra é a bacia utilizada por Pilatos.

Que possamos observar a importância em lavarmos os pés e não as mãos. Os pés são os que nos levam a caminhos diversos, como Paulo disse aos nossos irmãos em Éfeso, que devemos nos calçar com a preparação do evangelho.

Em S. João 13.5 diz: “Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhes com a toalha com que estava vestido”.

Este versículo, versa sobre a bacia de Jesus qual é a bacia da diferença, da humildade, a bacia da negação do “eu”, a bacia da renúncia, a bacia do amor à Deus e ao próximo. Observemos que Jesus, antes de deitar água na bacia, ele mesmo já assentado à mesa, levantou-se da ceia, despiu-se de sua túnica, tomou uma toalha, cingiu-se e com esta mesma toalha enxugou os pés dos discípulos. Com este ato Jesus já diferenciou de todo o cerimonial usado nas refeições, como de costume à época, pois deveria lavar os pés ao entrar na casa, antes de se assentar à mesa, mas Jesus quis chamar à atenção de todos.

Esta atitude de Jesus representa a sua humildade em que, ele se desfez de tudo o que tinha, que era a sua túnica, e o que recebera naquele momento, a toalha, que mesmo sendo emprestada, ele a usou para dividi-la e enxugar os pés dos discípulos. Um exemplo de altruísmo, de compaixão, de submissão, de humildade, de amor ao próximo.

O que nos chama a atenção é apenas que, o mesmo objeto pode ter sido usado para fins diversos, um para demonstrar a diferença e o outro para demonstrar a indiferença.

O mais intrigante ainda é que os fins usados na bacia, seja para a demonstração pública de diferença, seja para a demonstração pública também de indiferença, ambas observaram os ritos religiosos e estabelecidos nos mandamentos. A bacia da diferença demonstrou em um ato sublime de humildade claramente o amor ao próximo, ao nosso semelhante e, a sua respectiva preocupação. Já a bacia da indiferença, nos mostra que mesmo seguindo os ritos religiosos, utilizado com meia verdade, utilizando de textos isolados, levam a pretextos para heresias e pecados vis, como o que aconteceu com Pilatos, portando-se como um ancião,  ao lavar as suas mãos, quis transferir a responsabilidade e assim, ficar livre do sangue de Jesus, demonstrando a sua indiferença para com o Mestre, mesmo Deus já falado por sonhos com a sua esposa, mas nem assim este deu ouvidos.

O texto em Mateus 27.24 diz: “Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste (justo); fique o caso convosco!”

Pilatos pensou estar a cumprir com o exposto em Deuteronômio 21.6-9, onde era lavada as mãos sobre a novilha desnucada no vale, pelos anciãos, quando o homicida era desconhecido, onde a novilha era reputada como substituta do homicida desconhecido.

Aqui no caso de Pilatos, não tínhamos homicida e, sequer, se houvesse crime imputado em Jesus, Jesus não era desconhecido, pois as suas obras eram públicas e notórias e Pilatos não era um ancião. Pilatos quis utilizar-se de um argumento bíblico, para justificar a sua atitude e, assim agradar aos judeus e dizer que de certa forma ele também observava a lei. Não nos esqueçamos, aqui reitero que, textos isolados e mal interpretados, são pretextos para heresias diversas.

Mas querido leitor, quero trazer à vossa memória que, devemos sim nos lavar na bacia da diferença, pois, se hoje estamos em Cristo, já fomos lavados, regenerados, justificados, então devemos buscar a nossa santificação pessoal, pois sem a mesma, jamais conseguiremos ver a Deus. E os pés, nós devemos calçar os pés com a preparação do evangelho da paz. Onde nós devemos nos submeter a vontade Cristo em primeiro lugar, lavando os pés do nosso próximo, calçando-os com a preparação do evangelho da paz, que outrora em nossas vidas, fomos calçados.

Pilatos não quis tomar partido, preferiu transferir a responsabilidade, agora querido leitor, pergunto a você sobre como tens se portado, quando estão a crucificar a Cristo, a difamá-lo, você o tem defendido e pronto para morrer com Ele ou, tens e esquivado, transferindo a responsabilidade e agido com total indiferença, com descaso? Reflita nisso, esta transferência de responsabilidade, de indiferença, ocorre não somente nas grandes coisas, mas também, nas mínimas coisas corriqueiras, nas que damos até menor importância, mas não se esqueça faça você também a diferença, neste mundo tenebroso, brilhe a luz de Cristo em seu viver e em vida daquelas que estiverem à sua volta.

É necessário desfazermos da bacia da indiferença, não a utilizarmos jamais, pois a bacia de Pilatos é uma bacia egoísta, que pensa somente em si, em seu reconhecimento, engradecimento pessoal e político, deixando-o notório, com visibilidade e amizade com o mundo, mas nós devemos sim, como verdadeiros cristãos utilizarmos sim, sempre, da bacia de Jesus, da bacia da diferença, humildade, em que temos que nos despir de tudo, renunciarmos nosso eu, nosso ego, o reconhecimento público e social, além disto, temos que por fim, nos abaixarmos além da altura do outro, nosso próximo, em sinal de total submissão, compadecendo-se deste e compartilhando o amor ao próximo, exercitando-o com alegria, gratidão ímpar no coração.

Querido leitor que possamos rejeitar sempre a bacia da indiferença, que busca a amizade do mundo, mas em contrapartida nos traz a inimizade de Deus, donde virá como resultado desta ação, a justiça e a ira divina para os tais que assim procedem.

Que Deus nos ilumine sempre, nos agracie que venhamos a não somente aceitar, mas também a praticarmos o uso da bacia da diferença, através do grande exemplo deixado por Jesus para nós, em um ato de amor, de humildade, de submissão, ajudando e preocupando-se com o nosso próximo, sendo então imitadores de Cristo Jesus.

Sei que às vezes, temos vontade de fazer uso da bacia da indiferença, até dizemos que o que está a acontecer não é problema nosso, ele que se dane, ou coisa afim, mas como cristãos possamos demonstrar o exemplo deixado por Jesus, desprezando a bacia da indiferença e usarmos com toda a nossa força, entendimento e coração, a bacia da diferença, que é a bacia do amor, da comunhão, do altruísmo e então, que desta bacia venhamos a tomar posse em todos os nossos dias de nosso curto viver, mas que assim sendo, seja esta uma prática diária, imitando a Cristo. Deixando nós, imitadores de Cristo, que o mundo continue a usar com naturalidade a bacia da indiferença, mas não se esqueça Cristo no chamou para fazermos a diferença, pois somos a luz deste mundo em trevas, somos também o tempero. Mas neste deixar devemos sempre estar a alertá-los sobre a importância do uso e efeito causado através da bacia da diferença.

Que o Senhor Jesus que já te tens lavado em seu sangue puro e carmesim, te dê graças para que assim como os seus pés foram e estão sendo lavados diariamente, possas auxiliar aos outros neste proceder, continue a ate abençoar nessa peregrinação, concedendo-lhe graça, paz e misericórdia, que só Ele pode nos dar.

No amor do Pai,

William Pessôa

Desabafo


É a arte de derramar a alma perante o Senhor, retirando de dentro e colocando para fora todo e qualquer sentimento, mágoa, ressentimento, queixas, inquietação, ansiedade, medo, indignação desmedida, revolta e coisas assim.

Texto: Salmos 62.8: “Confie Sempre em Deus, meu povo! Abram o coração para Deus, pois ele é o nosso refúgio”.

Salmos 62.8: “Confiai nele, ó povo, em todo o tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio”.

A Bíblia Sagrada nos encoraja a efetuarmos o desabafo, observamos através dos livros de Jó e Salmos que contém inúmeros desabafos.

Ana também desabafou em I Samuel 1.15-16, quando disse: “... estou desesperada e estava orando, contando a minha aflição ao Senhor. Não pense que sou mulher sem moral. Eu estava orando daquele jeito porque sou muito infeliz e sofredora.”

Esta expressão de desabafo, em sua maioria na Palavra é relatada como sendo “derramar o coração perante o Senhor, como o salmista o fez 142.1-2: “Eu clamo a Deus, o Senhor, pedindo socorro; eu suplico que me ajude. Levo a ele todas as minhas queixas e lhe conto todos os meus problemas”.

Paulo escreveu aos Gálatas 6.2: “Ajudem uns aos outros e assim vocês estarão obedecendo à lei de Cristo”. Ou seja, Paulo quis dizer: Partilhem as mesmas dificuldades e problemas uns dos outros, obedecendo desta forma à ordem do Senhor.

Queridos, a própria medicina encoraja o desabafo, sendo esta umas das maneiras para combater o estresse, doenças do coração.

Como parceiros em nosso desabafo, devemos utilizar, aqui faço menção a três coisas:

1) Desabafo espiritual: que é a conversa, a exposição de sentimentos perante a Deus, através da oração e súplicas, quando efetuado de todo o coração e com fé, interrompe uma situação de intensa e imensa amargura vivenciada pela pessoa.

2) Desabafo doméstico/familiar: Entre os membros da família, ligados pelo amor e pela carne, entre os membros da igreja, irmãos da fé, ligados pelo amor e pela mesma fé que os une em Cristo.

3) Desabafo Clínico: É o efetuado perante o pastor, perante um conselheiro religioso, ou mesmo, um profissional capacitado, como um psicólogo, psicanalista ou mesmo psiquiatra.

Quero dizer-lhe que desabafo não é pecado, pecado é você guardar, alimentar estes sentimentos de rancor, tristeza, dentro de você, onde o fará remoer e trazer gaves males à sua vida física e espiritual.

Rapidamente quero trazer à vossa memória o desabafo de Jó, pois ele conhecia e praticava a arte do desabafo, conforme vemos em Jó 7.11 “Por isso, não posso ficar calado. Estou aflito, tenho de falar, preciso me queixar, pois o meu coração está cheio de amargura”. No capítulo 10.1: “Estou cansado de viver. Vou me desabafar e falar da amargura que tenho no coração”. Já no capítulo 16.6: Mas, se falo, a minha dor não se acalma, e, se me calo, o meu sofrimento não diminui”.

Além disto, Jó fazia perguntas ousadas, como descrito em Jó 3.11-12: “Porque não nasci morto? Porque não morri ao nascer? Porque a minha mãe me segurou no colo? Porque me deu o seio e me amamentou?” no versículo 20-21: “Por que os infelizes continuam vendo a Luz? Por que deixar que vivam os que têm o coração amargurado? Eles esperam a morte, e ela não vem, embora a desejem mais do que riquezas”, já no capítulo 6. 11-12: “Onde estão as minhas forças para resistir? Por que viver, se não há esperança? Será que sou forte como a pedra? Será que o meu corpo é de bronze?”

Imagino as queixas de Jô como deveriam ser, ao analisar o que Jó chegou dizer no capítulo 16.2: “Já ouvi tudo isso antes; em vez de me consolarem, vocês me atormentam. Já no capítulo 19. 17-19, diz: “A minha mulher não tolera o mau cheiro de minha boca; os meus irmãos tem nojo de mim. Até as crianças me desprezam; assim que me levanto, já estão zombando de mim. Todos os meus amigos íntimos me detestam; as pessoas que eu mais estimo estão contra mim. No capítulo 30.26: “Eu esperava a felicidade, e veio a tristeza; eu aguardava a luz, e chegou a escuridão”.

Quero deixar claro que desabafar, não é murmurar, embora a linha de separação entre os estes seja muito tênue, próxima, tanto que uma coisa pode até ser confundida com outra. A diferenciação é que se for uma exposição respeitosa na presença de Deus de alguma tristeza, de algum sentimento que está a corroer a sua vida, a sua alma, então o desabafo não é pecado. O desabafo, deixa de ser desabafo, quando não se fala mais com Deus, mas contra Deus. Aí entra a murmuração que é pecado grave, conforme relatado em I Coríntios 10.10.

Antes de terminar minhas singelas palavras, quero te fazer algumas perguntas:

1) Onde tens colocado aquele arquivo enorme de mágoas, ressentimentos e lembranças negativas?

2) Em sua experiência pessoal, “alegria compartilhada é alegria aumentada e dor repartida é dor diminuída?

3) Que julgamento você faz de Jó ao ler o seu desabafo: “ Detesto a vida; não quero mais viver” (Jó 7.15-16)?

Se você querido irmão ainda tens guardado dentro de você, de seu coração, estes sentimentos negativos, que causam tristezas, incômodos em seu viver, quero convidá-lo a exercitar o recomendado pelo apóstolo Paulo, trazendo à presença de Cristo todo pensamento, e este pensamento deve vir aprisionado.

Se você tem dificuldade em compartilhar a sua alegria e repartir a sua dor, quero convidá-lo neste momento a rever os seus conceitos, pois Cristo Jesus aqui está para te ajudar e mudar o quadro de sua vida.

Se você encontra-se como Jó que perdeu a alegria de viver, venha saciar neste momento pois a fonte da vida está aqui, a fonte da alegria, do prazer, do refrigério, do deleite, do bálsamo, venha até Jesus, pois Ele permanece de braços abertos para te ajudar, te fortalecer, te orientar e te dar a direção, o escape, o alívio, a paz que tanto procuras, aproveite a oportunidade. O Mestre te chama!

No amor do Pai,

William Pessôa



(baseado na apostila de práticas devocionais, de autoria de Élbem M. Lenz César, proferida no Acampamento Igreja Presbiteriana Ebenézer de São Paulo no período de 24 a 28/02 de 2.006), Bíblia Sagrada na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Jesus quebrando barreiras




Texto base: S. João 4.1-41

Querido leitor, quero fazer menção neste texto sobre a passagem de Jesus por Samaria, ou seja, era necessário que Jesus passasse em Samaria.

Jesus nesta passagem quebrou várias barreiras, derrubando-as tudo em prol da proclamação do Reino.

A primeira barreira quebrada por Jesus foi a barreira da religiosidade, onde os samaritanos, eram considerados imundos;

A segunda barreira quebrada foi a barreira do preconceito, Jesus rompeu com os costumes da época, conversando com uma mulher, onde os religiosos da época evitavam o contato com mulheres que não fossem suas parentes, também era proibido ensinar as escrituras a uma mulher, mas Jesus queria levar a Palavra de vida eterna à aquela mulher necessitada e sedenta.

A terceira barreira rompida por Jesus foi a barreira territorial, onde Jesus foi apregoar a Palavra a toda a criatura, quem fossem da Judéia, de Samaia ou mesmo de Gadara, não deixando-a adstrita tão somente aos judeus.

A Quarta barreira quebrada foi a barreira do cansaço, onde Jesus cansado pela viagem, demonstrou a sua humanidade, ao assentar-se junto a fonte de Jacó, por volta da hora sexta, que simboliza o meio-dia, um horário improvável eu alguém fosse buscar água, por causa do calor e intensidade do sol.

A quinta barreira quebrada foi a barreira dos costumes, Jesus veio para cumprir a lei, mas veio também para quebrar tabus, costumes, outrora impostos pelos fariseus, que sequer eles mesmos conseguiam cumprir, como o conversar com uma mulher, o pedir água, ou mesmo o seu diálogo para com uma samaritana e ainda uma pessoa que provavelmente não possuía boa fama em meio à sua sociedade, pois levava uma vida alternativa à sociedade local.

A sexta barreira quebrada foi a barreira do impossível, que é o fornecimento da água viva, da água que sacia o sedento espiritual, o que é impossível aos homens fazer, Jesus fez em vida daquela mulher, dando-lhe gratuitamente da água da vida, da água que nos sacia e fez daquela mulher sedenta, uma fonte de água viva a jorrar em meio àquela sociedade onde estava aquela mulher a viver.

A sétima barreira quebrada foi a barreira espiritual, onde fora quebrada a cegueira espiritual dos moradores daquela cidade, os quais com o testemunho daquela mulher, passaram a crer em Jesus, como o filho de Deus, onde irradiantes pelo seu agir sobrenatural, lhe pediram para que ficasse com eles por mais dois dias, onde já não mais fazia grande efeito o testemunho daquela mulher, mas sim, o que ouviam, viam e tiveram a plena certeza de que Jesus o que operara o milagre na vida daquela mulher samaritana, é o Salvador do mundo.

Este Jesus que rompeu estas barreiras, continua a romper, a mudar histórias, transformar vidas e quer fazer muito mais em seu viver. Jesus o Salvador do mundo, quer mudar a sua história e selar com o passaporte da salvação, ouça o chamado, renda-se à Ele e serás uma nova pessoa em Cristo Jesus.

No amor do Pai,

William Pessôa.

2 de abril de 2011

Os dois tipos de pessoas que clamam por um milagre, em qual deles desejas estar?





Texto base: S. Lucas 8. 26-39



Querido leitor, nesta passagem, nos é relatada a situação caótica que se encontrava o povo gadareno, onde tinham lutado com todos os recursos e esforços, mas em nada tinha adiantado para trazer o alívio e a solução que eles tanto queriam.

É de se observar que eram pessoas que se comoviam com a situação do outro, queriam ver o doente são, não somente vê-lo liberto, mas queriam paz, sossego, tranqüilidade e segurança para a comunidade.

Eles queriam a libertação daquele homem que andava insano, nu, gritando durante a noite, em meio aos túmulos, nos diz a Palavra que ele era selvagem, extremamente perigoso, se auto-mutilava, dilacerava-se, era rejeitado e temido por todos.

Quantas vezes os gadarenos clamaram por libertação, fico a imaginar quantas reuniões fizeram, onde chegaram até a prender o endemoniado, com argolas e grilhões, mas em nada adiantava, pois este quebrava-os e mais enfurecido ficava.

Mas aprouve a Jesus, passar por ali, e onde Jesus passa milagres acontecem, e naquela comunidade não seria diferente.

Onde manifesta-se a glória de Deus, manifesta-se também a sua justiça, e o endemoninhado ao ver Jesus, saiu correndo ao seu encontro, pois reconheceu o Senhorio de Jesus pela imagem resplandecida do Pai em vida de Jesus, e correndo aos seus pés se prostrou e o adorou, dizendo: “Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes”. Ali naquele instante, foi manifesta a justiça e também a misericórdia divina sobre a vida daquele homem atormentado e sobre a comunidade angustiada.

E o milagre chegou em vida daquele gadareno rejeitado que vivia à margem da sociedade de forma desumana e totalmente insana, Jesus o libertou daquela legião de demônios que tanto o atormentavam e por conseqüência atormentavam a todos daquela comunidade.

Os moradores de Gadara, aproximaram-se de Jesus para ver o milagre, que tanto lutaram para conseguir e jamais tinham conseguido êxito, mas ali estava totalmente assentado aos pés de Jesus, vestido, cônscio, ouvindo os ensinamentos do Mestre.

Quero trazer à vossa memória, querido leitor, a imagem do homem outrora pocesso, agora liberto, vendo o que não via, compreendendo o que jamais compreendera, recebendo carinho, afago, e compreensão, e a outra imagem dos outros homens, co-cidadãos, moradores de Gadara, que pasmado e com grande temor, recusaram-se assentar com Jesus a ouvir os seus ensinos.

Temos aqui dois tipos de pessoas, o que viu Jesus, ouviu as suas palavras, ensinos, e sentiu o toque do Mestre, este totalmente liberto, quis seguir a Jesus de perto. Já o outro tipo, não viu o milagre, apenas ouviu, mas sentiram a presença de Jesus, estes últimos simbolizam os moradores de Gadara, que sentiram a presença Jesus, onde foram apenas iluminados, pela manifestação da Glória de Deus refletida no Filho, mas não foram transformados, como o que aconteceu com o Homem agora liberto.

Após esta manifestação milagrosa, os moradores de Gadara, expulsaram Jesus de suas vidas, de suas terras, pois temiam que Jesus viesse a controlá-los, eles queriam viver a seu bel prazer e costume, não queriam estar sob a submissão do Mestre. Já o homem liberto, transformado, queria estar com Jesus, ao lado, junto, perto, pois sabia e sentia o milagre vivenciado em sua vida, tanto que implorou a Jesus que o deixasse a entrar no barco. Mas Jesus o despediu, dizendo: “Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus fez por ti. Então, foi ele anunciando por toda a cidade todas as coisas que Jesus lhe tinha feito”. Observemos que Jesus não somente atuou no visível em sua vida, mas também em sua vida espiritual, trouxe alívio, paz, refrigério, alegria.

Agora querido leitor, após observarmos esta leitura, te pergunto em qual tipo de pessoa desejas estar, no que querem apenas o milagre, a libertação, ou no tipo de pessoa que não só quer o milagre, a libertação, mas quer também o abençoador e ao seu lado estar, para controlar a sua vida? Reflita como tens se portado, diante das manifestações de benções do Senhor em sua vida?

Tens afastado de seu viver, ou tens trazido para junto de si e disposto a seguí-lo? Repense em como tens agido, aproveite, Cristo te dá esta oportunidade em rever conceitos e ser agraciado por sua imensa Graça e misericórdia, ou se não deres ouvidos, temo a dizer-lhe que em sua vida será manifesta a ira, a justiça do Pai, espero que você venha a optar pela graça e misericórdia que o Filho está a te oferecer, para religar a sua comunhão com o Pai.

Que o Senhor Jesus continue a falar melhor em cada um de nossos corações.



No amor do Pai,



William Pessôa.