10 de setembro de 2009

A perda da identidade OVINA da IGREJA...

Há muitas “igrejas” que não são constituídas por rebanhos (de ovelhas), mas são verdadeiras matilhas (grupo de cães) e até mesmo alcatéias (coletivo de lobo). Ávidas por carne, recebem qualquer um, ovelha ou não, com água na boca. Mordem, devoram e destroem as pobres ovelhinhas que entram pensando que é um aprisco, mas que na verdade é um matadouro.

Outras são verdadeiras versões demoníacas da Arca de Noé, ou seja, possuem todas as espécies de animais imundos em orgias, promiscuidades, depravações, atrocidades...

A perda da identidade ovina da igreja por conta de sua alcateização não é um fenômeno da igreja contemporânea, atual ou moderna. Paulo de Tarso já havia alertado os presbíteros da Igreja em Éfeso para os estragos que os lobos disfarçados (ou não) de ovelhas poderiam causar ao rebanho (Atos 20:29-30). E, antes mesmo de Paulo, Jesus, o Mestre dos mestres, já havia advertido seus discípulos sobre tal perigo: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.” (Mateus 7:15).

Os lobos nunca foram ovelhas, mas algumas alcatéias já foram rebanhos. Essa metamorfose coletiva, impossível no mundo animal, mas possível no universo eclesiástico, se dá quando as ovelhas não são prudentes e astutas como as serpentes e simples como as pombas (Mat 10:16), e, conseqüentemente, são mordidas (empeçonhadas), dilaceradas, devoradas e dizimadas.

Assim, por exemplo, das 100 ovelhas, “Anteontem eram 98 ovelhas e um casal de lobos. Ontem, descontando as que fugiram, as que se esconderam e as que foram devoradas, eram 54 ovelhas e um casal de lobos. Hoje, 22 ovelhas, um casal de lobos, quatro filhotes e três agregados. Amanhã, serão 98 lobos e um casal de ovelhas, conservados vivos para atraírem outras ovelhas. Pronto: o rebanho virou alcatéia!” (Dercinei Figueiredo Pinto).

A humanidade, por centenas de anos, sempre lutou contra os lobos, os caçou, os matou, mas não conseguiu exterminá-los, somente, por um espaço de tempo, reduziu sua quantidade e os fez se esconderem, entretanto, agora, os lobos se proliferaram em seus esconderijos e já não se escondem mais, não mais fogem, voltaram a ser audaciosos, desafiadores, seguros, e estão reconquistando o espaço que lhe foi tirado.

Por tudo isso aos Cristãos é de suma importância saber mais sobre os lobos para poderem perceberem se estão dentro de um aprisco ou no meio de uma alcatéia.



O lobo é um animal mamífero carnívoro da família dos canídeos (Canis lupus), semelhante a um cachorro de grande porte (enquanto a Bíblia abomina e amaldiçoa os cães, os homens dizem que o cão é o melhor amigo do homem). É um animal extremamente inteligente (30% mais do que os cães), sociável, que, na grande maioria das vezes forma bandos (alcatéias) nos quais impera um comportamento hierárquico, com machos e fêmeas dominantes (casal alfa), com padrões de comportamento que regulam a agressão, a ameaça e o apaziguamento.



Depois do leão, o lobo é o carnívoro mais bem disseminado do mundo. Parte do sucesso da grande disseminação dos lobos são as habilidades de se adaptarem-se às novas situações e explorarem todas as oportunidades para uma refeição fácil. Assim, a sua grande capacidade de adaptação e organização social lhes permitiram distribuírem-se por uma vasta área.



Tenazes, belos e misteriosos. Os lobos são extremamente inteligentes (os homens de Deus somente não são sabeis nas coisas deste mundo e a sabedoria deles sobre as celeste é pura revelação divina, ou seja, o mérito não é deles) fortes (os homens de Deus normalmente são fracos ou franzinos) e sociáveis (os homens de Deus não são sociáveis, muito menos possuem amizade com este mundo), habilidades que fazem dele um dos melhores predadores da Terra.



É um dos animais que mais se adapta do planeta. Adaptam-se a grande variedade de habitats, desde o bosque e a montanha até a tundra ártica, e se alimentam de diversas presas, desde pequenos roedores, coelhos e lebres a grandes herbívoros, que constituem as vítimas preferidas, entre as quais encontram-se cervos, alces e outros ungulados. Também atacam outros carnívoros, assim como as aves, répteis e anfíbios, e ingerem produtos vegetais. Enfim, possuem a capacidade de comerem qualquer coisa, inclusive carniça e vômito, tanto que costumam vomitar para os filhotes comerem (armazenam cerca de 15 kg de comida no estômago) e costumam enterrar os alimentos para poder ser consumido em outros dias, enquanto Deus diz que o maná é para o seu dia e não guardar nada para depois pois irá apodrecer (Êxodo 16:14-20) e as águias só comem carne fresca.



"Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?

Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?

E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;

E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.

Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?

Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?

(Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;

Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal." (Mateus 6:25-34).

Pastor Adriano Luiz dos Santos
fonte: www.pradriano.blogspot.com

8 de setembro de 2009

É SILAS MALAFAIA, as coisas realmente MUDAM e como mudam!!!



Revirando algumas revistas velhas, deparei-me com uma em particular que chamou a minha atenção, mais precisamente a Eclésia nº 73 ano VII, cujo matéria de capa é a entrevista com o Pr. Silas Malafaia. Comecei a ler, e percebi como as coisas podem mudar com o passar dos tempos, como tudo pode ser “relativo”, dependendo das circunstancias em que vivemos; resolvi então postar alguns trechos da entrevista feita na época pelo repórter Carlos Fernandes. METRALHADORA GIRATORIA. Silas Malafaia chega aos 20 anos de um ministério marcado pela polemica. Ele é polemico por convicção. Na televisão e no radio esbraveja, gesticula, compra briga. Tudo para defender a verdade – a do Evangelho, ele garante; a sua própria esbravejam os adversários. O fato é que a 20 anos desde que foi ordenado pastor, Silas Lima Malafaia é uma das pessoas mais conhecidas e comentadas da Igreja Evangélica Brasileira.Noa ar desde 1982 com o programa Renascer, veiculado em rede nacional, é um dos pioneiros da modernização do uso da TV pelos evangélicos. Percorre o pais pregando a palavra e fazendo palestras. Boa parte deste material, reunido em fitas de vídeo, chega aos quatro cantos do pais e até do exterior através da Central Gospel. Nesta conversa com ele ECLESIA revela um pouco mais do pensamento de um dos mais controvertidos pastores brasileiros.

ECLESIA – Seu ministério é conhecido devido às posturas polemicas que o senhor adota. Por que o senhor age assim comprando brigas?
SILAS MALAFAIA – Eu me lembro do meu pai, que foi um líder evangélico que teve uma postura muito firme. E ele sempre me ensinou que eu não deveria ter medo da oposição, nem de cara feia. Ele me falava: “Meu filho, não abra mão se você estiver do lado da verdade, não tenha medo da pressão”. Há um texto bíblico que eu gosto muito de repetir na televisão, sempre que eu vou falar de algum assunto polemico, que é II Co. 13.8 : “Nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.”
ECLESIA – Há quem diga que tudo não passa de encenação e que o senhor, na verdade, interpreta um personagem... Pura bobagem.
Eu não faço isso por marketing. Primeiro, que eu não pprecfiso viver disso, nem inventar nada – há 20 anos que estou ai, diante de todo mundo, defendendo o que acredito ser certo. Além disso, eu pertenço a uma igreja muito boa, muito sólida e equilibrada, que é a Assembléia de Deus...
Na sua opinião, o que é mais importante para o obreiro: a unção espiritual ou o preparo teológico? Eu penso que as duas coisas precisam estar alinhadas. Deus acredita no potencial humano. Aprendi que Deus não move uma palha naquilo que o homem pode fazer. A unção vem de Deus, mas a preparação, o desenvolvimento, cabe a mim. Eu posso ser um obreiro ungido, mas medíocre, e posso ser um obreiro ungido e atualizado.
Qual a sua avaliação sobre a formação dos pastores no Brasil? Temos muita gente ai sem nenhum tipo de preparo, nem espiritual, nem intelectual, falando em nome de Jesus. Eu não estou dizendo que tem que ser doutor, PHD, para dizer que esta preparado. Mas é preciso buscar conhecimento, ler muito, fazer um curso teológico, enfim, aprimorar o chamado que recebeu de Deus.
As associações de pastores que hoje existem, não deveriam atuar nesse sentido? Essas organizações são entidades associativas sem nenhum poder sobre as igrejas. Cada denominação é que estabelece suas próprias regras. E isso tem um lado muito ruim – um monte de trambiqueiro e pilantra têm ai o titulo de pastor, sai abrindo verdadeiras biroscas, dizendo que é igreja.
O senhor tem repetido insistentemente que o Brasil atravessa um grande avivamento espiritual. Não parece paradoxal, já que sabemos de tantos problemas e crises? Eu não compartilho da opinião desses críticos que apregoam o catastrofismo da igreja evangélica brasileira.
Enquanto existir ser humano vai haver pecado, vai haver deficiência. Olha só Jesus escolheu 12 discípulos. Grupo pequenininho não é? Mesmo assim, havia Judas, que era um traidor. E Judas era amigo intimo de Jesus. Quer dizer mesmo naquele grupinho, tinha um trem doido que não prestava. E não era só isso, não. Jesus teve que resolver muita parada com aquela turma. Tinha filho do trovão, tinha zelote, gente da pesada. Então, meu irmão, onde tem homem, tem crise. Isso não quer dizer que a Igreja esteja indo mal.
Então, como ainda há espaço para os escândalos e divisões que periodicamente, abalam o meio evangélico?
Porque isso é profético. São sinais dos últimos tempos. Rapaz, eu não quero citar nomes de denominações aqui por uma questão ética. Mas já apareceram, na historia do movimento evangélico no Brasil, aqueles que disseram que eram a verdadeira Igreja. Alias – eu vou dizer – foi a Igreja da Restauração do Brasil. Eles saíram da Assembléia de Deus, dizendo que tinham que ser mais santos, ter mais costumes ainda... Certo.
Mas por que tem aparecido tantas novidades em termos de eclesiologia? Porque o movimento neopentecostal, buscando identidade e afirmação, começou a buscar uma serie de medidas de experimentação. O problema é que veio junto uma serie de modismos de pataquada.
No apogeu do movimento G12, em meados de 2000, ECLÈSIA fez uma reportagem na qual o senhor disse que a chamada visão dos 12 era uma “palhaçada de quem não conhece a bíblia.” Previu também que o movimento teria vida curta. O que diz hoje? O mesmo que disse naquela ocasião. Só faço uma pergunta: cadê o G12? Cadê a revolução que iriam fazer? Disseram que eu era profeta do diabo, me amaldiçoaram, rogaram praga, pintaram o caneco, cadê? Acabou o modismo. Só serviu para dividir e derrubar igrejas. Olha, eu recebi mais de 50 mil faxes e e-mails falando dos estragos do G12. O que mais teve foi crente perturbado, crente decepcionado porque descobriu que o Evangelho não é mágica. Talvez tenha sido uma das maiores perturbações que a Igreja Brasileira enfrentou na sua historia.
O senhor não acha que o moderno movimento apostólico é legitimo? Que unção de apostolo? Ta, vamos lá. Primeiro, teria que ter visto Jesus. Mas vamos quebrar o galho, vamos deixar este aspecto de lado. Apostolo é aquele que vem para a base, é o desbravador, o que estabelece a base da Igreja. E esses apóstolos que temos ai? Qual é a deles? É tudo pescador de aquário dos outros. Estão com a Igreja cheia de membros das Igrejas dos outros e ficam pregando em grandes centros.E tem outra coisa: se são apóstolos tem que entregar a direção de suas igrejas. O verdadeiro apóstolo é o que rompe, estabelece a igreja e vai embora. Ah, para com essa brincadeira. É uma insensatez, um modismo barato. Apóstolo no Brasil, e uma função hierárquica. O camarada era pastor, se intitulou bispo, depois tem que ter um titulo maior. Só falta querer ser vice-Deus, do jeito que vai.
Qual a sua avaliação sobre a tão falada teologia da prosperidade? A teologia da prosperidade, copiada do modelo americano é outro besteirol puro. Aquele modelo de super-homens espirituais que conquistam tudo, que oram e Deus abre as portas, que não podem ficar doentes, que não podem ser pobres. Esse modelo não é bíblico. Quero ver implantarem esse troço na Somália. Prosperidade a luz da Bíblia, é um conjunto de elementos. É repartir, é viver feliz e alegre com o que se tem. Não é apenas a questão financeira, como andam dizendo por ai. Hoje, temas considerados tabus na igreja há pouco tempo, como o divorcio, já fazem parte do cotidiano dos crentes.
O que mudou? Lamentavelmente o que esta acontecendo é que estamos tomando a forma do mundo, contrariando o que o apostolo Paulo disse em Romanos 12 – ou seja, que nós não deveríamos nos conformar com o mundo. A grande ilusão do divorcio é que um segundo casamento não vai repetir os defeitos e problemas do anterior. As pessoas estão se divorciando, na maioria dos casos, por egoísmo. Ninguém abre mão, ninguém quer ceder. Estamos vivendo a cultura das facilidades. É mais fácil separar do que buscar a solução para os problemas conjugais.
E o que o senhor pensa de igrejas que admitem pastores divorciados? Eu não quero ser inflexível. Cada caso,é um caso. Mas dentro disso, temos princípios. O camarada se separou porque cansou da mulher e resolveu trocar uma de 40 por outra de 20? Tenha paciência. Eu não sei como é que tem povo para seguir um cara desses. O pastor, o ministro, de acordo com o principio da Bíblia, tem que ser irrepreensível, marido de uma só mulher. Não é uma de cada vez, não. Tem que ser exemplo dos fieis. Acima da normalidade. Que autoridade espiritual um pastor divorciado tem para chegar ao púlpito e exortar o membro da igreja a salvar seu casamento? Onde é que nós vamos parar com essa licenciosidade de gente que quer justificar o seu pecado? O senhor disse que cada caso, é um caso. Então quando se justifica um pastor largar sua mulher? Meu irmão, eu sou duro nesse negocio. Com pastor, então, mais ainda. Certa vez, um pastor chegou para mim e disse: “Malafaia, minha mulher adulterou, eu tentei salvar o casamento, ela adulterou de novo, eu tentei salvar novamente e aconteceu de novo.” Eu disse: “Então chega”. Ai é outra historia. E a igreja toda sabia da situação. Ele tentou. Admiti-se que um pastor se divorcie, mais em casos muito raros. Agora, tem pastor se separando porque ele é que é o adultero. Como é que a gente pode aceitar um camarada desses e dizer que é normal? Estamos em um ano eleitoral.
Qual a sua opinião sobre evangélicos na política?
É preciso fazer o seguinte diferenciação. Púlpito não é palanque. Mas a política não é do diabo. As pessoas que estão dentro das igrejas são seres humanos, dentro de um contexto social. E a própria Bíblia diz que, quando os ímpios governam o povo sofre. Então nós não podemos nos omitir. O pastor não deve fazer do púlpito uma negociata política. Pelo contrario, ele deve ter muita ética, sem impor ao povo coisa nenhuma. Estas foram algumas das respostas dadas pelo Pr. Silas, em um passado não muito distante...vale a pena parar pensar e refletir, como o tempo passa, e com o tempo as idéias...

Fabyo.

retirado do blog:http://fabiozine.blogspot.com/2009/09/entrevista-com-silas-malafaia.html