26 de maio de 2010

Marina Silva não tem apoio da Assembleia de Deus

"O fato de ser evangélica e candidata não é suficiente para a igreja apoiá-la", afirmou o pastor Joel Freire, que trabalha como missionário da Assembleia de Deus nos Estados Unidos. Filho de José Wellington - presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB) e suplente de Orestes Quércia (PMDB) -, Freire ressalta que Marina precisaria de "outros atributos", como ser "conhecida pela comunidade evangélica e provar que poderia ser presidente".






A Assembleia de Deus, maior igreja pentecostal do Brasil, com 8,4 milhões de fiéis segundo o Censo de 2000, não apoiará a pré-candidata à presidência da República Marina Silva (PV).




Evangélica desde 1997, Marina Silva é filiada à Assembleia de Deus, que possui uma estrutura complexa. A igreja, cuja origem data da década de 10 em Belém do Pará, é divida em centenas de ministérios. Divergentes entre si, eles mantêm pouca unidade política e ideológica e, provavelmente, não terão o mesmo candidato nessas eleições. Apesar de não revelarem abertamente a escolha, é quase certo que o eleitorado evangélico se dividirá entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), tendendo mais para o tucano.



"As pessoas votam, cada vez mais, a partir da preocupação instrumental, do que dá fruto, do resultado imediato", afirmou Gedeon Alencar, especialista em ciência da religião e presbítero da dissidente Igreja Assembleia de Deus Betesda em São Paulo. Ele observa ainda que será diferente essa eleição: "Os evangélicos vão se dividir. Há duas décadas os evangélicos foram contra Lula, era mais definido".



Para Alencar, ganha apoio quem tem algo a oferecer. "Mesmo Marina tendo uma marca da Assembleia de Deus, no encontro em Santa Catarina (em maio), quem foi convidado para falar foi o Serra", disse. "Marina teria dinheiro para patrocinar? Não tinha. Então se dá ênfase para quem tem dinheiro para financiar", afirma.



Caráter laico



Lideranças do PV em São Paulo acreditam que o fator religião pode ajudar na conquista de mais votos. "Evidente que há uma identificação com os cristãos. Quero crer que isso pode ajudar", disse Maurício Brusadin, presidente do diretório do PV em São Paulo.



Mas é o discurso de tom laico que demonstra, para o cientista político da Unesp, Marco Aurélio Nogueira, o quanto a pré-candidata tenta "driblar e neutralizar" esse ponto.



"A fé é mais um ônus do que um bônus para ela", afirma. Para Nogueira, o fato de Marina ter opiniões de fundo religioso pode afastar um tipo de eleitor "mais racional", que apoiaria a causa do desenvolvimento sustentável. "Hoje, mais atrapalha do que ajuda. Tanto que ela não esta trabalhando esse ponto. A vitória dependerá muito das questões que vai privilegiar na campanha".



Integrante da Assembleia de Deus, Marina é missionária consagrada da A.D, um dos cargos mais elevados na hierarquia da Igreja. Ela faz parte de um universo de 26,1 milhões de evangélicos —15% da população. O número é do Censo do ano 2000, estatística mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse universo, 8,5 milhões (5%) são assembleianos, maior fatia dentre as igrejas evangélicas. Católicos, segundo o instituto, continuam sendo maioria no Brasil: 73% dos brasileiros seguem a denominação.



História com a igreja



Marina passou a frequentar a Assembleia de Deus há treze anos. Com a saúde abalada por diferentes tratamentos de saúde para combater efeitos de doenças do passado, como malária e leishmaniose, Marina foi apresentada a um pastor da igreja Assembleia de Deus. Passou a frequentar a igreja e a dedicar mais tempo à leitura bíblica. Há cerca de três anos, tornou-se missionária consagrada, cargo mais elevado entre as mulheres na hierarquia da Igreja. Acompanhada do marido, Marina costuma ir ao culto aos domingos, com o cuidado de chegar um pouco depois do inicio da celebração para evitar tumulto. “A frequência dela é bem acima do que se pode esperar de uma pessoa com os encargos que ela tem”, elogia o pastor Sóstenes Apolos, presidente da Igreja da ex-ministra.







Com informações do Terra / Correio Braziliense / EFE
 
extraído em 26/05/2010, do site : O GALILEO ( http://www.ogalileo.com.br/noticias/nacional/marina-silva-nao-tem-apoio-da-assembleia-de-deus )
 
OBS: Queridos, fiquem atentos e DENUNCIEM a prática de muitos líderes religiosos, eu mesmo já presenciei várias vezes, em pleno púlpito pedirem votos para uma determinada veradora de uma Grande Cidade, filha de um "grande Líder", onde diziam "não se pode pedir votos, mas orem por FULANA, assim e diziam o número dela, agora que sai uma candidata membro de nossa igreja, apenas para quebrarem acordos "políticos", ué a igreja faz acordos poíticos? rsrsrsrsrs
 
Quero ver agora subirem nos púlpitos e bradarem com as suas bravatas "IRMÃO VOTA EM IRMÃO", ainda querem criar um partido político exclusivo da Assembléia de Deus, sim algumas reuniões já acontecerem inclusive aqui nas terras de Jorge Amado, rsrsrs
 
Aiaiai...
 
Vou parar por aqui, senão isto, irá render uma boa NOVELA, rsrsrsrs
 
É a "VELHINHA"(que era pra estar renovada, novinha, charmosinha) está adentrando aos 100 anos esfacelada, estrupiada, agredida por todos os lados, parecendo aquelas idosas que os herdeiros não tem renda e se apoderam do cartão de benefício social para a sua própria sobrevivência.
 
 
Resta apenas o incoformismo e o meu lamento sobre o caso em tela

13 de maio de 2010

O desafio de Pregar a PALAVRA de DEUS


Por Professor Adilson Neves

Você tem ideia de qual tipo de comercial de televisão que mais faz sucesso?

Vamos lá, os maiores sucessos em comerciais televisivos são aqueles que apelam ao lado emocional do telespectador, com imagens sensuais, trilhas sonoras bem aplicadas, os visuais requintados, onde o produto ou serviço anunciado seja secundário, ou seja, promovendo uma visão surrealista, onde a verdade seja irrelevante ou até mesmo ilusória.

A televisão, em que pesem os seus inúmeros benefícios (não vou enumerá-los aqui), tem sido uma ferramenta que mutila e reduz a nossa capacidade de pensar, em especial de ter pensamento crítico.

Os programas hoje são reality shows, os jornalistas são uma espécie de atores que inventam um monte de coisas para atrair a atenção no disputado mercado de mídia e a concorrência com os canais pagos e a internet.

Bom, vamos transferir isso para os evangélicos, pois ao que percebemos o mesmo fenômeno alcançou as igrejas, em especial as mais tradicionais.

O evangelho fácil e desprovido da profundidade bíblica, o pastor que se caracteriza por ser animador de palco, o faz-tudo, o resolve-tudo e o alavanca-dinheiro-prosperidade é o “cara”. Ele é o showman que dá resultado para as igrejas das linhas mais neopentecostais e um monte de maria-vai-com-as-outras que existem espalhadas pelo Brasil e o mundo.

A pregação de maior sucesso é aquela que traz entretenimento, piruetas, emocionalismo, ser rápida, ser objetiva, não repreender, não falar de pecado, não exortar e nem mesmo ensinar. Nem precisa de Bíblia. Usa-se qualquer coisa, qualquer estória, sem qualquer contexto e tudo bem.

Aquela questão descrita pelo apostolo Paulo ao escrever ao seu aluno Timóteo (II Tm 3:16), esquece...

Isso é coisa do passado e não serve para os dias atuais, mais modernos.

Doutrina, nem pensar porque dá comichão nos ouvintes e se perde audiência.

A teologia pobre é melhor.

Quer exemplos? Ligue a sua TV e assista a alguns dos vários programas gospel espalhados pelas redes e veja com os seus próprios olhos e ouça com os seus próprios ouvidos.

Essa é a realidade brasileira e mundial onde a pregação expositiva da Palavra (II Tm 4:2) não é mais prioridade.

Para falar bem a verdade, nem a Bíblia é mais necessária. Afinal, vai se usar para qual finalidade? Não é pregação expositiva.

Esse é o nosso desafio como líderes com compromisso cristão.

Pregar a Palavra de Deus em um ambiente absolutamente contrário e impregnado por doutrinas humanas.

Pregar a verdade no meio de tantos sofismas com o rótulo gospel.

Então, temos que “vigiar e orar”...

Orar para que Deus nos desafie a manter firme o nosso compromisso com a “Eclésia reformata, semper reformanda", a responsabilidade de continuamente caminharmos segundo a Palavra.

fonte: http://adilsonrneves.blogspot.com

11 de maio de 2010

O Perigo do Desgaste Ministerial


















O preço do chamado

por Daniel Galvão

Os caminhos que levam à carreira eclesiástica podem até variar: das salas de aula de um seminário teológico à consagração direta ao ministério após anos de dedicação e formação numa outra função. No entanto, o que costuma ser igual em todos os casos é o desejo e a expectativa que transbordam no coração do novo pastor. Mas, nem tudo são flores. Ao contrário. Entre o chamado e a consolidação ministerial, muitos desafios têm de ser superados dia a dia. O suor, na maioria das vezes, se mistura às lágrimas e ao longo do tempo as dificuldades acabam interrompendo o sonho de muitos que um dia abdicaram de tudo para se dedicar exclusivamente à igreja.

De acordo com levantamento do Ministério de Apoio a Pastores e Igrejas (Mapi), cerca de 80% das disciplinas dos seminários no país estão voltadas para formar teólogos e não pastores ou líderes. Na visão da entidade, os cursos teológicos, se quiserem ser diferenciais na vida dos futuros ministros, precisarão focalizar em novas matérias na grade curricular como gestão, trabalho em equipe, mentoria, discipulado de líderes, princípios de educação de adultos, a chamada andragogia, resolução de conflitos e terapia familiar. Somente assim, formandos deixarão de sair das salas de aula apenas com conhecimento teórico, mas também entendendo da amplitude que é apresentada na vida eclesiástica cotidiana.

O medo de não corresponder – a Deus e as pessoas ao redor – é apontado pela entidade como um dos fatores responsáveis por grande parte das desistências do ministério e fracassos. A necessidade de aceitação, de corresponder, de mostrar trabalho e de realização são desafios internos a serem vencidos. Muitos pastores, em decorrência disto, acabam entrando no ativismo desenfreado e abrem mão dos fundamentos soberanos tão importantes no início do ministério, como oração, Palavra, obediência e integridade.

“Mudar o paradigma de “super-homem” – tenho que ser forte - e buscar apoio de outros colegas pastores e de um mentor mais experiente é o melhor caminho”, enfatiza Marcelo Fraga, coordenador do Mapi no Nordeste e pastor da Igreja Batista Filadélfia, em Natal/RN. A solidão ministerial e as pressões por conquistar um ministério de sucesso agravam estes fatores. De acordo com ele, boa parte dos pastores morre com problemas relacionados à pressão arterial e infarto. Pesquisas recentes mostram ainda que apenas 1/3 dos líderes cristãos terminam bem a carreira ministerial, enquanto os outros 2/3 não conseguem alcançar seu pleno potencial e apresentam quadros de frustração.


Formando teÓlogos, nÃo pastores

O ministério é um lugar de intensa pressão – e isso é inquestionável. Soma-se a isso, o fato de a igreja estar sempre dispensando atenção redobrada a cada passo do jovem pastor, a fim de constatar se ele irá suportar as altas temperaturas do trabalho eclesiástico. Mestre de Teologia em Estudos Bíblicos pelo International Biblical University e professor na cadeira de Teologia do Novo Testamento, Marcos André Cândido vive na pele todo esses desafios. Com apenas 27 anos de idade, é há um ano um dos pastores da Igreja O Brasil para Cristo em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio de Janeiro. Ele acredita que, caso a formação teológica do novo ministro tenha sido enriquecida por um corpo docente experimentado nos laboratórios da vida eclesiástica, certamente estará um passo à frente dos demais. “Nossos seminários estão repletos de Mestres em Teologia, mas que são neófitos na prática ministerial”.

O Pastor presidente da igreja O Brasil para Cristo do Mandaqui, em São Paulo, com mais de 1.200 membros sob sua responsabilidade direta, Joel Stevanatto afirma que a inexperiência pode produzir a sensação no coração do pastor de convicção absoluta e isso pode acabar levando o novo líder a uma (perigosa) independência de Deus. “Nesse caminho ele se torna precipitado em decisões e dependendo do perfil de cada novo pastor os sintomas serão expressos de maneiras diferentes”, frisa.

É nesse momento que algumas reações podem surgir com maior intensidade e revelar os que são sonhadores e começam a planejar coisas mirabolantes e terminam no campo da frustração, e outros que são medrosos e acabam completamente paralisados. Aliás, o bombardeio a qual está submetido quem está à frente de uma igreja, sobretudo em se tratando de um líder inexperiente, pode gerar uma série de problemas de ordem psicossomática, como síndrome do pânico, em graus mais elevados, e também de ordem física, como arritmia cardíaca, dificuldades na fala e gastrite –esta última entre as mais comuns.

“Na verdade, tudo isso tem como causa primária a difícil correlação entre a ansiedade pelos resultados e os resultados em si de um trabalho que se inicia. Uma expectativa frustrada pode ser fatal”, alerta a psicanalista Sueli de Almeida, que diz ainda ser necessário em muitos casos o acompanhamento de um terapeuta.

A diversidade cultural, de faixa etária e social não consegue resumir todo o leque de desafios para quem assume a responsabilidade de conduzir um povo. Na verdade, é apenas parte disso. Neste pacote há espaço ainda para a desconfiança de líderes mais experientes, que muitas vezes se sentem ameaçados pelo novato, a falta de material humano para o desenvolvimento de projetos e ações que vão garantir maior respaldo ao trabalho, e ainda a ausência de recursos financeiros que impede a realização de novos trabalhos. Neste momento, criatividade e perseverança parece ser a receita para quem pretende seguir adiante. Por mais paradoxal que seja o momento de maior fragilidade de um pastor é justamente não querer demonstrar a sua fragilidade. Alguns enfrentam problemas sérios pessoais, eclesiásticos e por não terem sidos treinados a buscar ajuda arriscam numa solução. Um dos coordenadores da Equipe de Liderança do Sepal (Servindo Pastores e Líderes), no Rio de Janeiro, Ayr Correa Filho garante que pedir auxílio a pastores mais experientes não é sinal de fraqueza, mas de sabedoria do novo ministro.

“Pastor precisa demonstrar que é gente como demais membros da sua igreja. Basta se apresentar para ser pastoreado também. Isto o torna mais forte e capaz”, aposta Ayr, que é o pastor presidente da Terceira Igreja Batista em Rocha Miranda, no Rio, e tem bacharelado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.

Por certo, o maior temor de um pastor recém-consagrado é, mesmo sendo um pastor de direito, não se tornar um pastor de fato. Ter o título, mas não exercer a influência pastoral na vida das pessoas, é inquietante, quase um fantasma. Há um provérbio de liderança que diz: “Aquele que pensa que lidera, mas não tem seguidores, está apenas passeando”. O grande temor, sem dúvida, é passear ao invés de apascentar.

fonte: http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=86&materia=1177

Ó EVANGÉLICOS


por Philip Yancey

Ó, Evangélicos!

Nós não precisamos abandonar nosso nome – apenas viver de acordo com ele.


Nos dias de hoje, o crescimento do evangelho transformou-se em um fenômeno global. Enquanto que as igrejas mais tradicionais mudam lentamente, os chamados evangélicos tendem a dar passos mais leves, adaptando-se rapidamente às tendências culturais.

O Jesus Movement (movimento de Jesus), o movimento das igrejas nas casas, as igrejas emergentes, e tantos outras propostas diferenciadas de se fazer uma igreja nesses tempos pós-modernos crescem na América Latina, na África, no Oriente Médio – e também na América Anglossaxônica e na Europa. Parece que os cristãos estão aprendendo novas formas de ser e de fazer igreja. A ideia parece ser a mais pragmática possível: se uma técnica não funciona, então encontremos uma que funcione. Nesta onda, as bandas de louvor substituíram os órgãos e corais, as apresentações em PowerPoint e clipes de filmes animam os sermões e lanchonetes que servem café ajudam a manter os fiéis ligados.

A inovação sempre deve ser admirada, mas é preciso lembrar que imitar tendências culturais tem seu lado negativo. Em uma recente conferência para obreiros de jovens da qual participei, o louvor era um DJ tocando música techno no volume de turbina de avião, enquanto um público suado pulava e gritava correndo o risco de soar antiquado, não pude deixar de questionar a profundidade da adoração. Os seminários agora recomendam preparar sermões de 15 minutos em função do menor nível de atenção. As editoras querem livros mais finos com palavras e conceitos mais simples. Será que logo vamos ter um evangelho do Twitter com 140 caracteres?

Talvez devêssemos apresentar uma alternativa à cultura dominante ao invés de simplesmente adotá-la. Como seria a igreja que criasse um espaço para tranqüilidade e que contrariasse a tendência ao estrelismo e se desconectasse da mídia que nos cerca e que criasse uma resistência ativa contra uma cultura consumista?

Como seria a nossa adoração se fosse direcionada mais para Deus e menos para satisfazer as nossas preferências de entretenimento?


Nós temos muito a aprender com outras tradições cristãs. Apesar de todo o seu destaque atual, os evangélicos compõem uma fatia pequena do mundo. Um pouco menos de um terço do mundo se identifica como Cristão.

Destes, quase dois terços são Católicos ou Ortodoxos. Dos Cristãos restantes que compõem apenas 10 por cento da população mundial, eles resistiriam ao rótulo de evangélico.

Quando escrevi um livro sobre oração aprendi mais com os católicos do que com qualquer outro grupo. Afinal de contas eles tem dedicado ordens monásticas inteiras a praticarem a oração. Dos Ortodoxos eu aprendo sobre mistério e reverência. Na música, na adoração, na teologia eles me ensinam sobre o mysterium tremendum que acontece quando nós, meros humanos, nos aproximamos do Deus do universo.

Quando avalio o evangelicalismo, principalmente o norteamericano, eu vejo muita coisa boa, mas também vejo que há muito espaço para melhorias. A nossa história inclui a desunião – de quantas denominações diferentes são os leitores desta revista? – e um passado que inclui lapsos de ética e julgamento. Nós trouxemos energia à fé, mas também divisão. Nós celebramos a transformação do indivíduo, mas muitas vezes ficamos aquém do nosso alvo maior de transformar a sociedade.

Fico entristecido quando ouço a caricatura que a mídia faz dos evangélicos como sendo direitistas fanáticos. A palavra de Deus significa “Boas Novas” e eu tenho visto esta mensagem sendo transmitida de forma criativa e prática em mais de 50 países. Mas, eu posso ver aonde a mídia consegue encontrar os seus estereótipos. Eu tenho um arquivo com e-mails abrasadores que foram espalhados durante a eleição presidencial americana de 2008 e agora uma coleção mais recente alimentando temores sobre a reforma do sistema de saúde. Estes e-mails se somam a uma pasta maior sobre questões homossexuais. Nem sempre os Evangélicos encontraram uma maneira de combinar atos de amor com um espírito amoroso.

Em uma tendência encorajadora a divisão do Evangelho fundamentalista-social que marcou a igreja há um século, desde há muito tempo está desaparecido. Agora as organizações evangélicas lideram os esforços em ajuda humanitária e desenvolvimento, microcrédito, ministérios com HIV/AIDS e alcançando os profissionais do sexo. Eu visitei ministérios que estavam prosperando no meio de lixões na periferia de cidades como Manila, Cairo e Guatemala City. Os Evangélicos realmente levaram a sério o chamado de Jesus para cuidar dos “menores destes” (dos menos favorecidos)

Recentemente eu ouvi o seguinte relato de um amigo que visitou um bairro carente na cidade de São Paulo, Brasil. Ele estava ficando muito preocupado pois notou que os traficantes estavam guardando a comunidade com armas de fogo automáticas. Eles lhe estavam encarando, pois era um gringo que estava invadindo o seu território. “Aí então o chefão daquela vizinhança reparou na minha camiseta que tinha a logomarca de uma igreja pentecostal local. Ele abriu um sorriso bem grande: “Ó, evangélicos!” ele gritou e veio nos abraçar. Por vários anos aquela igreja havia cuidado das crianças daquela comunidade e agora éramos recebidos com alegria.”

Alguns dos meus amigos acreditam que devemos abandonar a palavra evangélico. Eu não. Simplesmente anseio para que possamos honrar o significado do nosso nome.



fonte:
http://cristianismohoje.com.br/ch/o-evangelicos/