1. Reconhecer que o mundo é o lugar onde Deus atua, tendo as pessoas como instrumentos de sua vontade (João 3:16).- A Igreja não pode viver isolada do mundo, pois o sal salga por contato (II Rs 2:21).
- Jesus foi criticado pelos fariseus nos seguintes termos: Este recebe pecadores, e come com eles (Lucas 15:2), e respondeu assim: ...Não necessitam de médico os que estão sãos... (Lucas 5:31).
- A Igreja Católica reconhecia o modelo ideal para alguém seguir a Deus através de dois itens principais:
- - O isolamento monástico – que previa o ascetismo e a martirização como forma de agradar a Deus;
- - A abstinência sexual - inclusive com a castração de padres e noviços e a proibição do casamento (I Timóteo 4:1-3).A Bíblia, entretanto, apregoa que o mundo é o lugar que deve ser atingido pelo evangelho, consequentemente, é o campo de ação da Igreja (Marcos 16:15).
- O homem em sua totalidade (corpo, alma e espírito) é o alvo da mensagem, Nicodemos tem que nascer completamente (João 3:8).
- 2. Compreender que a Igreja não pode amar o mundo, apesar de conviver com ele.
- O sal não pode se tornar insípido (Lucas 14:34).
- O mundo é uma concepção passageira e diáfana (I João 2:17), enquanto a igreja está assentada sobre bases eternas, contra quem nem o próprio inferno é capaz de prevalecer (Mt 16:18).
- Logo, nem sempre coisas que agradam ao mundo, hão de agradar a Deus (I João 2:16), e por isso deve haver um cuidado redobrado entre aqueles que desejam agradá-lo, para não fazer o que o mundo deseja (I João 2:15).
- O poder temporal, outrora, utilizado largamente pela Igreja Católica, deve ser evitado, como forma de afirmação da autoridade da mensagem da Igreja ou de sua representação institucional.
- A Igreja representa-se a si mesma através da Palavra de Deus, da manifestação dos dons em seu seio e pela vida de seus membros.
- O mundo, por sua vez, jaz no maligno (I João 5:19).
- 3. Declarar o pecado do mundo (Romanos 3:23).
- Na Idade Média a Igreja subverteu o conceito de pecado, quando líderes eclesiásticos passaram a praticá-lo em todas suas formas.
- O pecado foi trazido para dentro da Igreja, sendo praticado em seus átrios, como uma extensão dos cultos pagãos, anteriormente condenados.
- Por outro lado, a declaração de pecado do mundo se opõe à conivência e à omissão.
- Práticas largamente adotadas pela Igreja Católica, especialmente quando o pecador tinha status ou dinheiro (Tiago 2:1-4).
- 4. Contextualizar a liturgia na centralidade do culto a Deus na igreja.
- O culto é o lugar formal onde o fiel declara sua adoração entre irmãos (Salmos 22:22).
- Este culto não pode ser engessado em nome da liturgia, como aconteceu nos tempos de Lutero.
- A Reforma cresceu criando espaço para o leigo, relaxando os padrões herméticos de manifestação individual da adoração e catalisando as atenções para o verdadeiro sentido do culto (João 4:24).
- Todo culto deve possuir uma base múltipla de apoio:
- oração (intercessão, súplica, rogo),
- louvor,
- adoração,
- leitura e estudo da Palavra (I Co 14:26).
- 5. Ressaltar a base bíblica das posturas eclesiásticas (Salmos 119:105).
- A Bíblia deve ser a baliza, o padrão para nossas ações (Atos 17:11).
- Devemos examinar as proposições á luz da Palavra de Deus, que tudo discerne (Hb 4:12;5:14).
- Visões, profecias, posturas, costumes devem ser medidos pelo padrão bíblico.
- Consequentemente, há de se requerer seu correto manuseio, especialmente dos líderes (II Timóteo 2:15), mas todos devem estar preocupados com sua leitura e apreciação cotidiana (Salmos 1:2).
- 6. Resgatar o valor da exposição da Palavra de Deus na igreja (II Timóteo 4:3).
- Nos dias que testemunharam a Reforma a Igreja Católica se compunha de padres que não conheciam a Bíblia.
- Apegavam-se aos documentos da Igreja, traduzindo-se em sermões frios, sem poder, sem unção e sem graça.
- A Reforma Protestante encheu os templos porque os reformadores eram os melhores pregadores de então, e começaram a cultivar uma vida de oração e estudo bíblico, uma fórmula infalível.
- Muitos cultos modernos primam pelo espaço dado ao louvor, pela coreografia, pela beleza estética, esquecendo do tempo que deve ser dedicado à exposição da Palavra de Deus.
- Não são poucos os crentes que retornam às suas casas ou saem da igreja, logo após o inicio da pregação dominical, e poucos vêm à Escola Dominical e ao culto de doutrina, uma situação que estava prevista em II Timóteo 4:3,4.
- por Dadalier Lima
28 de outubro de 2008
Desafios da Reforma Protestante para a igreja do século XXI
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