16 de maio de 2011

O CAMINHO DE VOLTA PARA A DERROTA





Texto Base: São Lucas 24. 13-35

Querido leitor, quero neste breve momento meditar contigo nesta passagem bíblica, onde nos é relatado a experiência dos discípulos no caminho de volta para Emaús.

Quero trazer uma contextualização que possas ser nítido a você sobre o episódio acontecido com eles, que pode acontecer ou mesmo esteja a acontecer contigo em sua caminhada cristã.

Vejamos que os discípulos estavam Jerusalém, a cidade abençoada, onde eram alimentados com a Palavra, no ensino das escrituras, e vivenciavam o mover do filho de Deus em meio deles, eram homens que tinham deixado sua cidade natal de lado suas famílias, seus negócios, e tinham ido atrás do Mestre Jesus. Antes, moravam em Emaús, uma cidade que vivia na dependência de Jerusalém, ou seja, não tinha vida própria, era uma cidade não próspera, significa hoje o mundo de onde saímos e viemos para a nos tornar cidadãos  da Jerusalém celestial.

Pois bem, querido leitor, os discípulos seguiam a Jesus, viram milagres, curas, maravilhas, palavras de vida eterna, mas certo é que Jesus teve que padecer na cruz por nossos pecados. E os discípulos não viram mais saída, os seus sonhos, projetos, tudo foram por água abaixo.

A desilusão foi tamanha, que decidiram entre si, voltarem para Emaús, para retomarem a via outrora, os mesmos pecados.

Tudo porque alguém colocou um ponto final na vida daqueles discípulos, uma palavra de fracasso, uma palavra de derrota, e eles a aceitaram e tomaram para si, esquecendo-se das preciosas palavras de Jesus que Ele voltaria, glorificado.

O desânimo, por eles experimentado, foi tanto, que quando conversavam, creio que permitam-me leitor, a imaginar que iam criticando, quem sabe, revendo os conceitos de sua fé, e então Jesus aparece, mas a angústia, o problema era tamanho, que quando Jesus aparece, diz o versículo 16, que os seus olhos , porém, estavam como que impedidos de ver a Jesus. Pergunto a você, como estão os seus olhos? Abertos espiritualmente ou estão embaçados?

Quando me refiro a embaçados, me refiro a estarem estes turvos com os problemas da vida, que ofuscam o seu olhar espiritual, tirando o foco de olhar para Cristo pelo que Ele tem feito e operado e não por ter por um momento se ausentado de sua vida, ou não ter Jesus, cumprido com o desejo errôneo de seu coração, estes discípulos achavam que Jesus seria Rei da nação terrena israelita e não o rei dos reis, espitualmente falando.

Por muito pouco, queremos sair do lugar da benção, da promessa, que é Jerusalém e queremos voltar para Emaús, lugar de perdição, de pecado, de angústia.

Mas quero dizer a você que Jesus se aproxima de você, neste seu retorno voluntário para Emaús, e isso o faz porque Ele tem compromisso para com a sua vida, pois quantos discípulos, seguidores, não desistiram e forma embora, mas a estes Jesus foi atrás, assim como vem ao seu encontro, para trazer alento ao seu coração.

E na sua caminhada de descida, em meio as suas inconstâncias, as suas dúvidas existenciais, as suas crises de fé, Ele começa a conversar contigo com a Palavra, usando as escrituras, mas antes de conversar melhor com você ele pergunta qual é o seu problema, por que estás assim, ou seja, Ele quer ouvir de você qual é a sua dor, o seu desapontamento.

Imagine comigo, como pôde os discípulos se abrir com um estranho? Mas mesmo cegos conversamos, pois a voz de Jesus, podemos até de primeiro momento identificá-la, mas sentimentos segurança e sabemos que pelo conversar é alguém conhecido, passando segurança e firmeza ao tratar dos assuntos conversados, e assim, o problema era tamanho que não reconheceram que era Jesus, o Jesus que eles conheceram quando o seguiam pelas estradas, pelas casas vendo-o glorificar a Deus.

Detalhe, Jesus ia atrás deles conversando, pois no versículo 28, Jesus fez menção de passar adiante, mas os discípulos mesmo diante da repreensão carinhosa de Jesus, insistiram para que Ele ficasse.

Os discípulos mesmo em sua cegueira espiritual conseguiram compartilhar do pouco de amor que neles brotavam ainda, com o próximo, chamando-o para cear, para comungar do alimento de suas refeições, ou seja, convidaram um estranho, para adentrar em um momento íntimos deles, solicitando que com eles se assentasse á mesa para alimentar, o que maravilha a comunhão partir do pão, ai o milagre aconteceu, os seus olhos foram abertos e reconheceram que era Jesus.

 Falavam então entre si:  porventura não ardia o nosso coração na caminhada? Na mesma hora  deixaram o caminho de volta para a derrota para o desânimo, derrubaram por terra a última palavra que tinham sentenciado para eles, onde tinham sepultado a esperança, os sonhos, e voltaram a acreditar nas palavras, nas promessas de Jesus, onde de imediato, levantaram-se e voltaram para o caminho da vitória, da mudança de vida, de pensar, dos sonhos ressuscitados e foram para  Jerusalém que significa a cidade da vida, a cidade da benção, e lá foram testemunhando também que Jesus, o sonho, o projeto, não morreu, que a palavra de derrota que fora lançada em vida deles, era mentira, pois Jesus está vivo, o sonho permanece, a esperança vive e alegre foram partilhar com os discípulos em Jerusalém testemunhando deste milagre ímpar ocorrido em vida deles.

Querido Leitor, que você não trilhe o caminho do desânimo, e sim, o caminho da vitória, o caminho para Jerusalém. Que Deus continue a trabalhar poderosamente em sua vida. Ressuscitando sua esperança, seus sonhos, sua vida, seus projetos, Jesus está vivo e cuida de você, Ele vem ao seu encontro de braços abertos, para te proteger, abraçar e acariciar.

Que você possa também enxergar o Cristo ressuscitado em sua jornada cristã.

Que o Senhor Jesus, continue nesta sua caminhada a fazer-te companhia e falar melhor e mais profundo ao seu coração.

No amor do Pai,

William Pessôa.

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