16 de março de 2011

Um chamado para um serviço pesado




Isaías 6

Este chamado divino na vida do profeta Isaías, ocorreu quando este já estava no templo, era conhecido, tinha posição junto a família real e estava envolvido com os religiosos da época. Era um religioso tradicional, zeloso da Lei, mas não conhecido de Deus.

O chamado ocorre em uma transição política do reinado, pois acontece bem no ano da morte do Rei Uzias, não tinha outros valores a serem comemorados, vivia a sociedade envolta na política e vida social, percebemos que sequer o profeta cita algo referente à vida religiosa.

Mas o Senhor apareceu a Isaías e o Chamou, e vemos que neste chamado, Isaías ao ver ser manifesta a glória do Senhor em sua vida, ele viu a sua condição de miserável pecador e indigno, mas mesmo assim, a Graça, o favor imerecido de Deus alcançou Isaías, naquele tempo e também e alcança hoje, pois Ele é o mesmo, ontem, hoje e será eternamente.

Isaías sempre envolto na casa do Senhor, mas nunca tinha vivenciado uma experiência pessoal com Deus, e esta visão marcou e muito a sua trajetória como profeta, pois ele contemplou a glória do Deus vivo, sua grandeza e o seu trono.

Isaías ao ver a sua situação de miserabilidade, foi purificado, passando a ver também a miséria dos perdidos e desejava ardentemente que fossem também salvos, libertos, esta deve ser a experiência de cada cristão e desta forma as igrejas são renovadas.

Isaías teve uma oportunidade única de ver a Deus sentado em seu alto e sublime trono, quando a glória de Deus foi manifesta em sua vida, pode contemplar a nobreza dos querubins e serafins, que clamavam uns para os outros, Santo, Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia de sua glória.

O profeta, neste momento pode visualizar e contemplar a santidade divina, a pureza, o grandeza, a majestade de Deus, então disse o profeta, quase paralizado e creio eu com medo de morrer, sim querido leitor, pois Isaías passava agora a enxergar os seus pecados, a sua vida corrupta, os seus lábios impuros, pode então perceber que quão impuro era, mas sendo zeloso e praticante da Lei. Clamou então, dizendo “Ai de mim!”, viu seu estado de miserável pecador, continuou “Estou perdido”, viu que tudo que fazia era vão, pois nada se comparava à santidade divina, tudo que tinha feito era nada na presença de Deus, ainda prosseguiu “Porque sou homem de impuros lábios”, a Palavra nos recomenda que não saia de vossas bocas nenhuma palavra torpe, e Isaías pode presenciar as palavras que tinha proferido, as lisonjas, será que o mesmo não tem acontecido conosco, querido leitor?

Na continuidade do versículo 4, que os olhos dele haviam visto o Rei, o Senhor dos Exércitos, aqui ocorre uma coisa impressionante que o deixou extasiado, os seus olhos espirituais foram abertos de forma milagrosa com a aparição do Senhor em sua vida, então pode o profeta contemplar o seu viver, quão indigno era de presenciar a glória de Deus em sua vida.

Mas graças a Deus, antes que o profeta esboçasse qualquer reação de medo, de temor, veio um dos serafins voando em sua direção e purificou os seus lábios, sim, pois confessara o seu pecado, quando então, foi tirada a iniqüidade da vida do profeta, perdoado o pecado, tenho certeza que a partir deste momento passou o profeta a ser um homem diferente com palavreado modificado, não proferia mais aquelas palavras de sentido dúbio, pois fora queimado com a brasa do altar, que simboliza hoje em nossas vidas, a investida do Espírito Santo em nosso viver, nos transformando, capacitando, para glorificar a Deus e assim fazer a Sua vontade de forma voluntária e coração quebrantado na presença do Pai celestial.

E na continuidade, após ser o profeta purificado, transformado, justificado, perdoado, então o Senhor passou a falar com ele, chamando-o para o serviço do Reino? E o profeta, já transformado, impactado pelo poder do Rei, de prontidão respondeu com o coração aberto e de forma voluntária, dizendo “Eis-me aqui, envia-me a mim”.

Após o profeta responder ao Chamado, teve a orientação e a ordenança para ir e proclamar ao povo a mensagem profética, e o profeta logo já comprometido com o Reino e já ciente da responsabilidade que lhe fora imposta, perguntou de forma sábia “Até quando, Senhor?” devemos nós, também, perguntar a Deus até quando, qual o caminho, a direção a ser tomada, para que estejamos sempre submissos à vontade do Pai.

E o Senhor responde, dizendo ao profeta até quando deveria ser entregue a mensagem, querido leitor, quando perguntamos, Ele jamais nos deixa em dúvida, se Ele nos chama, Ele nos capacita e nos orienta, afinal, somos apenas servos, submissos à vontade Dele.

Que você querido leitor, possa também atender ao chamado do Mestre, pois pode até parecer-nos pesado, mas Ele nos capacita e nos fortalece no desempenhar das funções que Ele nos tem confiado. Que possas também contemplar a glória de Deus sendo manifesta em sua vida, fazendo que tenhas uma mudança de atitude, mudança de mente, de coração, que possas estar mais compromissado com o Reino Celestial e assim, o nome Dele ser glorificado em seu viver.

Que o Senhor Jesus continue a falar poderosamente em os nossos corações.

No amor do Pai,

William Pessôa

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